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A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira, 11, a Operação Poison Source, que investiga um grupo suspeito de falsificar bebidas alcoólicas e distribuir insumos para abastecer fábricas clandestinas nos estados de Goiás e São Paulo. A ofensiva ocorreu simultaneamente em Goiânia e Uruana, cumprindo nove mandados de busca e apreensão e recolhendo materiais supostamente utilizados na adulteração de marcas populares de uísque, vodka e gin.

A força-tarefa identificou, durante as apurações, um esquema estruturado para o fornecimento de garrafas, rótulos, tampas e selos para abastecer um mercado paralelo de bebidas falsificadas.

A operação é resultado de uma articulação entre a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva), em Goiás, e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo, por meio da Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas (Divecar).

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A investigação paulista apontou o envolvimento de um homem responsável por fornecer insumos usados na produção das bebidas adulteradas. Ele foi autuado em flagrante após a identificação de grandes quantidades de materiais destinados à comercialização fraudulenta. Entre os itens apreendidos estão garrafas vazias, selos, tampas e rótulos, que seriam enviados a diferentes compradores vinculados a indústrias clandestinas.

De acordo com a apuração, esses insumos eram distribuídos de forma sistemática e chegavam a diversos destinatários, inclusive moradores de Goiânia. As evidências indicam que o fornecedor mantinha uma rede de contatos que facilitava a circulação dos materiais entre os estados.

Suspeitos goianos já tinham antecedentes

A Polícia Civil identificou dois suspeitos em Goiânia com antecedentes criminais por falsificação de bebidas. Segundo as autoridades, o principal investigado no estado atuaria como intermediário entre os falsificadores locais e o fornecedor paulista. Além disso, ele também estaria envolvido na produção própria de bebidas adulteradas.

No total, ao menos quatro pessoas são investigadas em Goiás por participação no esquema. A atuação do grupo envolveria desde o recebimento de insumos até o envasamento e a distribuição dos produtos falsificados.

Todo o material recolhido deve passar por perícia, com o objetivo de confirmar se os produtos foram adulterados. As análises irão verificar a autenticidade das embalagens e o conteúdo líquido. Caso seja confirmada a fraude, a organização pode responder por crimes relacionados à falsificação e à comercialização de produtos impróprios para consumo.

Segundo a polícia, as apurações continuam para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso. A operação busca mapear a logística da cadeia ilegal, desde o fornecimento dos insumos até a produção e distribuição das bebidas adulteradas.

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