Polícia Militar recupera seis toneladas de carne e dois caminhões roubados; frigorífico teria envolvimento nos crimes
30 outubro 2014 às 15h42

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Os motoristas dos veículos foram agredidos com gravidade e deixados amarrados sem roupa na beira da estrada
A Polícia Militar recuperou seis toneladas de carne e dois caminhões que haviam sido roubados na madrugada desta quinta-feira (30/10). A carga, cujo valor é estimado em R$ 70 mil, foi levada pelos bandidos na cidade de Goiás, que agiram com violência ao abordar os motoristas dos veículos. Segundo a Polícia Militar, eles foram agredidos com gravidade e deixados amarrados sem roupa na beira da estrada.
O produto roubado foi localizado em um frigorífico na Vila Alzira, em Aparecida de Goiânia. No local, os suspeitos foram flagrados trocando a embalagem das peças de carne.
Apesar de os responsáveis pelo frigorífico receptor, o Apia Indústria de Carnes, afirmarem que não tinham conhecimento de que a carga era roubada, os policiais encontraram indícios de que eles tinham participação no crime e prenderam dez funcionários. O proprietário está foragido.
O caso vai ser apurado pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar). Os suspeitos vão ser investigados por formação de quadrilha e receptação.
[Atualização] O frigorífico que supostamente teria envolvimento com os crimes divulgou uma nota a respeito do incidente:
Nota à imprensa: Ápia Carnes Selecionadas
Os advogados Romero Ferraz Filho e Rubens Rassi esclarecem que os proprietários da Ápia Carnes não tinham conhecimento de que a carne apreendida na manhã desta quinta-feira, 30, em Aparecida de Goiânia, era roubada. Eles acrescentam que outras compras foram feitas do mesmo vendedor, sempre com garantias fiscal, jurídica e sanitária da procedência, tanto que o pagamento da encomenda feita na quarta-feira, 29, seria realizado na tarde de hoje.
Os advogados ressaltam que o preço combinado foi o de mercado, o que afasta suspeição de conhecimento por parte dos empresários da origem apontada pela polícia como ilícita.
A troca de embalagens é um procedimento legal, pois a empresa é uma distribuidora, ou seja, compra carne de diferentes fornecedores e revende com a sua marca. A empresa cuja carga foi roubada é uma das principais fornecedoras do frigorífico.
Romero Ferraz Filho e Rubens Rassi não tiveram acesso ao inquérito ainda, que tem até a manhã desta sexta-feira, 31, para ser instaurado. Os advogados ressaltam que toda as aquisições do estabelecimento são feitas legalmente, o que reforça a honestidade da marca e de seus proprietários.