Polícia Federal deflagra 51ª fase da Operação Lava Jato
08 maio 2018 às 08h30

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Agentes cumprem mandados de prisão e busca e apreensão no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em São Paulo
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (8/5) a 51ª fase da Lava Jato, denominada Operação Deja Vu. Aproximadamente 80 policiais federais cumprem 23 ordens judiciais no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em São Paulo.
São cumpridos 4 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão.
Esta fase de investigações apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um contrato de US$ 825 milhões, envolvendo a área internacional da Petrobras, para a prestação de serviços de segurança, meio ambiente e saúde. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), um dos três operadores financeiros investigados é ligado ao MDB.
Há mandados de prisão contra três ex-funcionários da Petrobras e três operadores financeiros. “Um deles, um agente que se apresentava como intermediário de valores destinados a políticos vinculados ao então Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB”, informou, por meio de nota, o MPF, sem detalhar quem seria esse intermediário.
As investigações realizadas indicam a repetição de um modus operandi já amplamente revelado pela Operação Lava Jato: a obtenção de contratos por parte de grupo empresarial junto à Petrobras, em valores superfaturados, mediante o pagamento de vantagens indevidas à executivos e gerentes da empresa petrolífera. Também por isso o nome da operação.
Ainda de acordo com o MPF, as investigações apontaram “pagamento de propina que se estendeu de 2010 até pelo menos o ano de 2012, e superou o montante de US$ 56,5 milhões, equivalentes, atualmente, a aproximadamente R$ 200 milhões”. Essas vantagens estavam relacionadas a um contrato, de mais de US$ 825 milhões, firmado em 2010 entre a Petrobras e a construtora Norberto Odebrecht.
De acordo com o que foi apurado, era realizado o pagamento de percentual dos contratos obtidos pela empresa para esses grupos, por meio de repasses no exterior, com a utilização de empresas off-shore, bem como a movimentação de recursos em espécie no país, com a intervenção de operadores financeiros já conhecidos no decorrer dos trabalhos da Operação Lava Jato.
Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) onde permanecerão à disposição da Justiça.