Uma instituição de longa permanência para idosos foi interditada e fechada em Goiânia, na última segunda-feira, 15, após a constatação de condições insalubres, indícios de maus-tratos e outras graves irregularidades. A ação ocorreu durante a Operação “Visita Inesperada”, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes contra a Pessoa (DRP), em atuação integrada com diversos órgãos de fiscalização e proteção social.

A interdição imediata foi determinada pela Vigilância Sanitária municipal, que identificou situação incompatível com o acolhimento de pessoas idosas. Todos os residentes foram retirados do local e devolvidos às famílias, com acompanhamento das Secretarias Municipais de Assistência Social e de Saúde, responsáveis por avaliar cada caso e garantir a continuidade do cuidado.

A operação foi motivada por denúncia anônima apurada pela Polícia Civil de Goiás, que apontava uma série de irregularidades, como superlotação, falta de higiene, negligência, ausência de profissionais capacitados, possível cárcere privado e oferta de alimentos vencidos ou inadequados.

Segundo o delegado Alexandre Bruno de Barros, a instituição já havia sido notificada anteriormente, mas não regularizou as pendências. “Não regularizou a situação. Por isso, deu-se o fechamento e os idosos, todos eles, devolvidos aos seus familiares”, afirmou.

Participaram da ação a Defensoria Pública, o Ministério Público, a Polícia Militar, a Vigilância Sanitária, além das Secretarias Municipais de Assistência Social e de Saúde. A articulação entre os órgãos permitiu a averiguação in loco e a adoção imediata das medidas legais cabíveis.

A Polícia Civil seguirá acompanhando o caso para responsabilizar os envolvidos, e a Delegacia Especializada reforça que a atuação está alinhada ao Estatuto do Idoso, com foco na proteção integral da pessoa idosa.

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