Policarpo nega acordo com Paço para aprovação do Plano Diretor
04 fevereiro 2022 às 07h30

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Presidente da Casa nega qualquer possibilidade de negociação e ainda afirma não entender a lógica de o Paço acordar sobre um projeto que já é dele
O rumor surgiu, especificamente, após reunião realizada entre ambos, no Paço Municipal, na manhã desta quarta-feira, 2, quando Policarpo encontrou o chefe do Executivo Municipal para debater a melhor solução ao ‘grave erro’ encontrado na cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) dos goianienses em 2022, a partir da vigência do novo Código Tributário Municipal, aprovado e sancionado em setembro do ano passado.
Em coletiva de imprensa realizada após a aprovação do Plano Diretor, na CMG, no entanto, Policarpo fez questão de ressaltar que o entendimento sobre a existência de um acordo entre os Poderes para facilitar o andamento do Plano Diretor não é compatível com a realidade. “Há essa confusão, mas cada projeto [Plano Diretor e CTM] tem o seu norte, tem o seu cerne e um não tem absolutamente nada a ver com o outro. Não tem nem que haver negociação sobre projeto que já é do Paço Municipal. Se o Paço não quisesse que votasse o projeto, ele não teria nem enviado o projeto à Casa”, avaliou.
Esse entendimento veio após o grande desgaste iniciado desde que se iniciou a cobrança do IPTU de 2022, devido aos valores abusivos que foram cobrados. Desde semana passada, vereadores chegaram a se dizer enganados por parte da Prefeitura, outros se mostraram arrependidos do voto no CTM e todos os parlamentares exigiram uma solução urgente por parte do Paço e do prefeito Rogério Cruz.
A primeira sessão plenária do ano, inclusive, foi marcada por grandes confusões: briga entre vereadores após apresentação de projeto que pediu a exoneração dos secretários de Governo, Arthur Bernardes, Finanças, Geraldo Lourenço, e secretário executivo de Finanças, Lucas Morais, parlamentar vestido de palhaço e fazendo malabarismo com três laranjas e até arma em cima da tribuna. Os três secretários, inclusive, foram igualmente culpados pelos parlamentares como responsáveis pelo aumento abusivo, mas quase todos os parlamentares isentaram o prefeito Rogério Cruz de qualquer tipo de culpa.