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Para o presidente da Câmara, não é possível que ele seja oposição a uma administração da qual faz parte e, inclusive, tem ajudado

Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, atribuiu sua saída do Pros à divergências entre seu projeto político para 2020 e os planos da sigla. Para o vereador, no entanto, não há motivo para pressa na escolha de uma nova legenda, o que deve ser feito apenas em agosto. Ele confirmou que recebeu convites de alguns partidos que entendem que o projeto viabilizado na Câmara é importante para a cidade, mas que a decisão final será tomada, “após o recesso da Casa e com a cabeça mais fria”.

“Foi uma decisão em consenso com os dirigentes do Pros, eles têm um caminho a seguir e ele não condiz com o caminho politico que eu quero seguir. Saio deixando portas abertas no Pros, um partido que me recebeu bem, onde tenho amigos. Sem sombra de dúvidas, nós ainda trabalharemos muito em conjunto com o Pros, mesmo eu não estando nele. A ideia, no momento, é seguir com o meu grupo político.”

Oposição

Questionado se caminha para a formação de um grupo de oposição ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), Romário é enfático: “Não há essa possibilidade de oposição ao prefeito, até porque ele tem se colocado como não candidato”. De acordo com o presidente da Câmara, não é possível que ele seja oposição a uma administração da qual faz parte e, inclusive, tem ajudado.

Para Policarpo, adotar tal postura seria uma divergência de ideias com o que ele tem praticado na Casa. “O prefeito Iris Rezende tem a história dele em Goiânia, que é muito bonita e que ajudou muito a cidade. Ele tem tentado fazer o melhor para Goiânia, mas, neste momento político, a decisão é de um grupo, mas sem fazer oposição a ele”, defendeu Romário, ao repetir que Iris tem dito que não será candidato à reeleição.

“Nada impede também que esse grupo converse com o MDB e, dentro da realidade daquele, o partido seja convidado a fazer parte deste projeto”, finalizou Policarpo.