PMDB deve expulsar Frederico Jayme e Júnior Friboi nesta quarta-feira
11 fevereiro 2015 às 10h57

COMPARTILHAR
Definição pode sair em reunião entre a cúpula da sigla, no Setor Aeroporto. Ex-deputado defende permanência: “Partido é patrimônio político histórico de Goiás”

O Conselho de Ética do PMDB estadual reúne-se uma vez mais para discutir a expulsão de peemedebistas rebeldes. Novamente, os protagonistas são o empresário Júnior Friboi e o ex-deputado e chefe de gabinete do governador Marconi Perillo (PSDB), Frederico Jayme.
“Não se trata de interesse meu em ficar no partido. Mas, sim, de que o PMDB não é de ninguém. É um patrimônio político histórico de Goiás”, avalia Frederico ao Jornal Opção Online.
O ex-parlamentar liderou a dissidência do PMDB que apoiou a reeleição do tucano em outubro passado. Agora, aguarda a definição da cúpula da legenda para propor sua defesa, e ressalta que está curioso para saber quais os argumentos a serem utilizados pelos dirigentes para expulsá-los.
Ex-presidente da Assembleia Legislativa, Frederico não quer deixar o desgaste gerado pela possibilidade de sua expulsão barato: pretende discutir com o partido e com a sociedade. E levantar mais polêmicas. Na opinião dele, não se pode dizer quem fica ou não na sigla.
“É a panela do Iris Rezende [ex-governador] e tem uma questão eminentemente pessoal. Está com dor de cotovelo porque eu e o Friboi não o apoiamos nas eleições passadas”, reafirmou, relembrando a preferência que deram ao governador.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) aponta que não quis participar da campanha porque líder do PMDB não conseguiu explicar a origem do patrimônio dele. “O Iris traiu o Friboi e queria mandar no partido, e em mim”, criticou.

Carinho por Friboi
Integrante da executiva do PMDB, o deputado estadual Bruno Peixoto afirmou à reportagem que vários pedidos de expulsão também foram protocolados no diretório metropolitano. Mas como o colegiado passou por dissolução — existe apenas uma comissão provisória —, não há Conselho de Ética para analisar as questões.
“O estatuto do PMDB pede que, enquanto presidente, eu encaminhe todos os processos em tramitação ao diretório estadual”, pontuou. Entre esses casos estão os de Friboi. O parlamentar ressalta que está apenas cumprindo a determinação estatutária.
Bruno Peixoto disse ainda que tem “carinho e respeito” pelo empresário. E conclui falando que não emitiu opinião sobre a expulsão ou não dos peemedebistas para não influenciar os colegas do Conselho de Ética.