PMB desistiu de apoiar Delegado Waldir após presidente do PR voltar atrás sobre vice
02 agosto 2016 às 17h24

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Presidente do PMB metropolitano comentou desistência de Zacharias Calil em disputar a vice e afirmou que “instabilidade” do PR fez com que legenda buscasse novas alianças

A decisão do médico Zacharias Calil (PMB) em não compor como vice na chapa do deputado Delegado Waldir (PR) continua gerando repercussão. A desistência, segundo ambos, teria sido motivada por movimentações partidárias, que teriam levado o PMB a apoiar o nome de Vanderlan Cardoso (PSB) na disputa. A presidente metropolitana do PMB, a advogada Sabrina Garcêz, possui, entretanto, outra versão para o caso.
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Em entrevista ao Jornal Opção nesta terça-feira (2/8), a dirigente explica que a aliança entre os partidos estava realmente fechada, até o presidente estadual do PR, Flávio Canedo, informá-la que a vice de Waldir ainda estava aberta, fazendo com que a advogada buscasse diálogo com outras legendas.
“Ele [Flávio Canedo] me disse, em reunião, que a vice não estava mais garantida. Saí de lá e fui procurar o doutor Zacharias, que me disse, por sua vez, que estaria retirando seu nome. Daí então, conversei com todos partidos e resolvemos apoiar o PSB”, explicou Sabrina Garcêz.
Consta que a deputada federal Magda Mofatto (PR), esposa de Canedo, pressionava Delegado Waldir para que o vice fosse indicado pelo DEM do senador Ronaldo Caiado, já visando a disputa de 2018. Segundo a advogada, o principal motivo que levou o PMB a abandonar o apoio a Waldir foi justamente a “instabilidade” do PR quanto à decisão. “Eu não sei o que acontece, mas o Waldir fala algo e depois o estadual fala outro”, lamentou.
Além disso, também teria pesado na decisão do PMB o fato do PR não ter apoiado, segundo Sabrina, a coligação proporcional da legenda recém-criada. “Foi deliberado em reunião que nós iríamos dar preferência para uma chapa que tivesse respeito com nossos vereadores e não foi o caso do PR”, informou.
Sobre a decisão de Zacharias Calil em deixar a disputa, a presidente afirma que o partido respeita o médico, mas sugere que o filiado pensou apenas na chapa majoritária. “Talvez por inexperiência política, ele não se atentou muito para o fato de que um partido é feito por vários”, finalizou.