PL de Santa Catarina quer vetar candidatura de Carlos Bolsonaro a senador? Sim, mas falta coragem

O Partido Liberal de Santa Catarina começa a se posicionar em relação a uma possível candidatura de Carlos Bolsonaro a senador pelo Estado sulista. Membros de proa do PL começam a se manifestar contra a imposição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Membros do PL disseram que à CNN que há um “mal-estar generalizado” em Santa Catarina em relação à “importação” de um político do Rio de Janeiro parar “ganhar” um mandato de senador no Estado. Em termos públicos, porém, ninguém critica Jair Bolsonaro. Todos temem a sua força e popularidade.

Uma pesquisa do Instituto Neokemp, feita a pedido do Grupo ND, mostra que 52,2% dos eleitores de Santa Catarina não votariam em Carlos Bolsonaro, o filho de Jair Bolsonaro.

A pesquisa mostra que 71% dos eleitores consideram que a candidatura de alguém que não é do Estado — portanto, visto como paraquedista — desrespeita os políticos locais, sugerindo que não têm qualificações, por isso “é preciso” importar alguém de outro Estado.

A pesquisa foi feita com 1008 eleitores de 77 municípios de Santa Catarina, com margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

As pré-candidatas preferidas do PL de Santa Catarina ao Senado são as deputadas federais Carolina de Toni e Juliana Zanatta. Eles foram muito bem-votadas em 2022. Uma candidatura de Carlos Bolsonaro também entendida como contrária às mulheres, vistas, no caso, como “acessórias”.

O governador Jorginho Melo já teria fechado um acordo com Jair Bolsonaro para apoiar Carlos Bolsonaro. O gestor estadual também frisou que apoiará a reeleição do senador Espiridião Amin, do pP.

“Se (a candidatura ao Senado) for a escolha do pai dele, será também a minha”, afirmou o governador Jorginho Melo à CNN. Carlos Bolsonaro, com o acordo fechado entre o pai e o gestor estadual, já estaria se preparando — no momento adequado — para mudar o domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para Santa Catarina. (E.F.B.)