Enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país

Em tramitação avançada no Congresso Nacional, projeto do Governo Federal para um piso nacional para profissionais da enfermagem, como ocorreu com professores, já foi aprovado no Senado Federal. Agora, a proposta será apreciada pela Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, os enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país.

A expectativa no Congresso é do projeto de lei (nº 2.564/2020) seja pautado na Câmara dos Deputados ainda neste mês, uma vez que a Casa aprovou por 458 votos a 10, o requerimento de urgência para a apreciação do texto. Porém, os deputados envolvidos na articulação do projeto defendem que seja debatido junto a governadores e prefeitos o impacto orçamentário, previsão é de R$ 24,9 bilhões em 2024, ao se pagar um teto de piso para a categoria. O intuito é evitar desgastes políticos como ocorrido para o pagamento do piso de profissionais da área de Educação.

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Goiás (Cofen-GO), Edna de Souza Batista, denunciou ao Jornal Opção que há profissionais que recebem R$ 800,00 por mês. Ela lembra que durante a pandemia, os profissionais foram um dos poucos que não tiveram como trabalhar remotamente, mas seguirem na linha de frente tratando de pacientes com Covid-19. “Esse piso não é o ideal, é o início. Esse piso salarial é um piso ético, que provavelmente, vai ser melhorado, ajustado com valor digno da nossa categoria de enfermagem”, cobra.

“Esse projeto é um sonho que a enfermagem de Goiás e a enfermagem brasileira que precisam viver esse sonho. Nós aqui do Conselho Regional de Enfermagem, juntamente com todos os regionais do nosso país, juntamente com a nossa presidente Maria Betânia, estamos lutando de forma árdua, pedindo apoio para todos os senadores e deputados, que de fato aprovem o piso salarial da enfermagem”, pontou.

Além do Confen-GO, Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (SIEG), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e outros instituições classistas defendem e lutam pela aprovação imediata do projeto. Ao Jornal Opção, a presidente do Sieg e diretora da FNE, Roberta Rios, afirmou que atualmente são mais de 60 mil profissionais de enfermagem no Estado de Goiás, desses a maioria precisa complementar o salário com jornadas múltiplas de trabalho.