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A Polícia Federal investiga suposto esquema para beneficiar uma empresa em licitações com informações privilegiadas. Contratos de limpeza entre a empresa DM Clean e hospitais geridos pela organização social (OS) Gerir, que somam R$ 5 milhões, teriam beneficiado sócios ocultos ligados ao escritório de advocacia WFaria, contratado paralelamente pelo próprio Instituto Gerir para fiscalizar as unidades de saúde.

Em Goiás, a Gerir administrou até 2018 o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), hoje sob responsabilidade do instituto Albert Einstein; e o Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), hoje gerenciado pelo Imed.

Damari Angélica Ribeiro, sócia da DM Clean, denunciou que os advogados Wilson Rodrigues de Faria e Leonardo Mazzillo, contratados pelo Instituto Gerir para prestar serviços de compliance para a OS, usavam informações privilegiadas para vencer contratos por meio da DM Clean, onde seriam sócios ocultos. Os advogados negam tal sociedade.

Damari Ribeiro, que teve um relacionamento com Wilson Faria, trouxe o caso à atenção do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público Federal (Gaeco, MPF). A DM Clean, que fechou as portas com dívidas de R$ 20 milhões, e Damari Ribeiro é investigada, e pede à Justiça o reconhecimento da sociedade com os advogados desde 2017, além de indenização, segundo informou ao portal R7.

A OS Gerir já foi alvo de operações da PF, como a Panaceia, em fevereiro de 2025.