“Perdão PT, nós erramos”, diz senadora Damares Alves; veja o vídeo

07 agosto 2025 às 19h38

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A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo Bolsonaro, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), fez um pedido público de desculpas aos parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) e a acadêmicos da USP que, em 2017, se posicionaram contra a nomeação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A fala ocorreu no contexto das críticas que setores conservadores têm direcionado ao ministro do STF, principalmente por suas decisões em inquéritos relacionados a fake news, ataques à democracia e manifestações antidemocráticas. Em tom sarcástico, Damares declarou que os conservadores “não acreditaram” nos alertas feitos na época da sabatina de Moraes, mas que agora “estão pagando o preço”.
“Quero encerrar em nome dos conservadores, pedindo perdão ao PT. Quero fazer esse registro público. Quero também pedir perdão à ministra Gleisi Hoffmann. Queremos pedir perdão ao ex-deputado Jean Wyllys, ao senador Randolfe [Rodrigues] e aos acadêmicos que, durante a sabatina do Alexandre de Moraes, avisaram a nós que ele era um tirano. Nós conservadores não acreditamos. Perdão, PT”, disse.
Veja o vídeo:
Abaixo-assinado
A senadora ainda mencionou o abaixo-assinado que circulou em 2017 contra a indicação de Moraes ao STF, organizado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP. O documento, que reuniu mais de 270 mil assinaturas na plataforma Change.org, foi entregue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado à época, durante o processo de sabatina do então indicado pelo governo Michel Temer.
Além de estudantes, o ato de entrega do abaixo-assinado contou com a presença de parlamentares da oposição, como os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e deputados como Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Érika Kokay (PT-DF), Benedita da Silva (PT-RJ), Carlos Zarattini (PT-SP) e Maria do Rosário (PT-RS).
À época, Moraes havia sido ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Temer e teve sua indicação aprovada com 55 votos favoráveis e 13 contrários no Senado. Sua sabatina foi marcada por protestos de estudantes de Direito e críticas à sua vinculação política ao governo e ao PSDB, partido ao qual era filiado.
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