PEC que autoriza reeleição da Mesa Diretora é aprovada em primeira votação

Proposta do deputado Virmondes Cruvinel causou muita discussão na Casa, além de suposta intervenção do Executivo

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite que a mesa diretora da Assembleia concorra à reeleição, após debate acalorado na Casa, foi aprovada em primeira votação por 28 a 6. Chico KGL (DEM), Álvaro Guimarães (DEM), Bruno Peixoto (MDB), Amauri Ribeiro (PRP), Humberto Teófilo (PSL) e Wilde Cambão (PSD) se posicionaram contra.

Lissauer Vieira (PSB), atual presidente do parlamento goiano, Lissauer Vieira (PSB), afirmou não ver necessariamente como uma vantagem para ele a possibilidade de reeleição. Segundo ele, se fizer um bom mandato, talvez, sim, mas “o parlamento é forte e dá o direito de todos poderem disputar”.

O presidente do legislativo lembra, ainda, que o projeto não é dele, mas do deputado Virmondes Cruvinel (PPS). “A maioria dos parlamentares queriam que se colocasse em votação, mas a PEC não é minha”, reforçou.

Para ele, ainda, esta é justa para a Casa, pois ficará no regimento ao longo dos anos. “Vejo com muita tranquilidade”, diz e complementa: “Estamos tentando fazer uma gestão séria a comprometida, que atenda os deputados e a população de Goiás”.

Contrariedade

Vale destacar que a PEC proposta por Virmondes gerou uma série de discussões na Assembleia. Na ocasião, um dos acontecimentos deixou o deputado Henrique Arantes (PTB) contrariado.

O petebista subiu a tribuna, ao ver uma série de colegas deixar o auditório, para assumir sua posição como oposição e criticar o governo. “O governador liga para deputados e pede para sair do plenário, fazendo um jogo sujo e baixo, então agora ele vai me conhecer fazendo uma oposição dura a ele. Caiado tem que ter respeito pelo Legislativo e não agir na força e na agressividade”.

Henrique viu o resultado da aprovação em primeira votação como uma nova derrota para Caiado, assim como foi a eleição de Lissauer.

Bastidor

Um deputado estadual disse ao Jornal Opção que o líder do governo, Bruno Peixoto (MDB), tentou, inicialmente, apurar os votos contrários e, ao perceber não ter os números necessários, buscou derrubar a pauta. Teria sido após esse momento a suposta ligação do governador.