PCGO indicia dez pessoas pelo crime de estupro de vulnerável em abrigo para crianças e adolescentes, em Quirinópolis
23 março 2021 às 08h55

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Polícia teve conhecimento dos fatos a partir de uma denúncia protocolada por um casal que obteve a guarda de uma criança vinda do abrigo. “Eles disseram que a criança contou sobre as relações sexuais vividas no interior da casa”, relata delegada responsável pelo caso

Polícia Civil de Quirinópolis indiciou a ex-primeira-dama do município, a ex-presidente do Conselho da Criança do Adolescente, a coordenadora do Abrigo Cantinho de Luz e outras sete pessoas pelo crime de estupro de vulnerável, na forma comissiva por omissão. Todos foram indiciados em função dos crimes ocorridos no interior da casa de acolhimento Cantinho de Luz, local que funciona como uma instituição municipal destinada a atender crianças e adolescentes em situação de violência ou abandono familiar.
Segundo a delegada Camila Vieira Simões, a polícia teve conhecimento dos fatos a partir de uma denúncia protocolada por um casal que obteve a guarda de uma criança vinda do abrigo. “Eles disseram que a criança contou sobre as relações sexuais vividas no interior da casa. Em paralelo, a PCGO teve conhecimento da fuga de duas outras crianças que, após encontradas, relataram que passaram por violência física e psicológica no local”.
A titular explicou que no decorrer das investigações a polícia teve ciência que as relações sexuais eram prática comum na casa de acolhimento. “Algumas cuidadoras e a coordenadora tinham ciência. As crianças mantinham relação sexual entre si, a maioria eram meninos”, conta a delegada.
Durante as investigações, a polícia descobriu que duas meninas, de dois e cinco anos, foram estupradas. Além delas, o crime ocorreu também com outros quatro meninos, todos menores de 14 anos. A denúncia foi protocolada no início de dezembro passado e os fatos narrados ocorreram durante o ano de 2020.