Ministro da Economia também volta a falar em imposto sobre transações financeiras

Ministro da Economia Paulo Guedes | Foto: EBC

Nesta quinta-feira,12, o Ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que o Brasil prorrogará o auxílio emergencial em caso de segunda onda de casos de Covid-19 no País. A fala se deu em um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em que falou sobre as estratégias e desafios para a economia nos próximos meses.

“Se houver uma segunda onda, não é uma possibilidade, é uma certeza [que o governo vai pagar novamente auxílio emergencial]”, disse Guedes. Contudo, o ministro destacou que considera baixa a probabilidade de uma segunda onda de contaminações no país.

Segundo Paulo Guedes, o plano do governo é retirar o auxílio aos poucos até o final do ano. “Estamos retirando os estímulos, de R$ 600 [valor inicial do pagamento do auxílio] baixa pra R$ 300 [auxílio emergencial atual] e depois aterriza ali na frente numa versão Renda Brasil ou na própria Bolsa Família. Temos as duas possibilidades, é uma escolha política”, disse.

Imposto sobre transações digitais

O Ministro da Economia voltou a defender a taxação sobre transações digitais como uma forma de substituir a desoneração da folha de pagamento. Ele acrescentou que, para desonerar a folha de pagamentos e estimular a criação de emprego formal no país, é preciso encontrar uma “forma de financiamento” para essa redução dos impostos sobre os salários.

Guedes disse ainda que “não haverá aumento de imposto para quem paga imposto”. Mas quem nunca pagou, vai aumentar”. De acordo com o ministro, haverá imposto sobre dividendos e se houver tributação das transações digitais, “quem não pagava vai começar a pagar”.

Inflação e recuperação da economia

O ministro reforçou que a “economia brasileira está voltando com força”. Segundo Guedes, este retorno acontece de forma mais rápida do que ele previra no início da pandemia. Ele destacou a arrecadação de impostos “extraordinária” como parâmetro para os sinais de retomada rápida da economia brasileira.

Para Paulo Guedes, a alta da inflação, registrada nos últimos meses, é “temporária, transitória”. Ele disse ainda que o governo poderá adotar mais reduções do imposto de importação para novos produtos, caso seja necessário, para evitar abusos, estimular a competição e controlar a inflação.

[Esta matéria conta com informações de Agência Brasil e Portal G1]