A Patrulha Mulher Mais Segura, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, registrou 3.744 atendimentos entre janeiro e julho deste ano. O serviço especializado no enfrentamento à violência contra a mulher atua diariamente com acolhimento, proteção, encaminhamento a serviços especializados e acompanhamento de medidas protetivas.

Nesse período, a patrulha acompanhou 1.398 medidas protetivas de urgência, incluindo casos de reincidência. O perfil das mulheres atendidas é formado, em sua maioria, por pessoas de 31 a 40 anos (36,8%) e de 18 a 30 anos (31,9%).

A comandante da patrulha, Luiza Sol, destaca que cada ação representa um avanço na proteção à vida. “Todos os dias cada medida cumprida representa um passo na proteção da vida de uma mulher. Nossa missão é constante, humana e necessária. Reforçamos a coragem das mulheres que denunciam e a dedicação da equipe que trabalha para garantir segurança e dignidade.”

Além das operações de rotina, a patrulha também promove atividades de conscientização. Entre janeiro e julho, mais de 3,6 mil mulheres foram alcançadas em palestras, campanhas e eventos. Já a Operação Shamar — mobilização nacional das forças de segurança — impactou mais de 269 mil pessoas em plataformas digitais.

Voz das vítimas

A professora Valdelene Silva de Leão, de 53 anos, é uma das mulheres atendidas pela Patrulha Mulher Mais Segura. Ela relata que as agressões começaram de forma velada. A primeira vez foi no carro, depois de um evento. Ele dirigia em alta velocidade, com meu filho dentro, ameaçando bater. Era ciúme, descontrole. Depois vieram as ameaças de morte.”

O acolhimento ocorreu após denúncia na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). “Pouco depois recebi a ligação da Guarda, dizendo que estariam cuidando de mim. Ali eu me senti segura. Não era só a Guarda, eram meus anjos da guarda.”

Hoje, Valdelene afirma que reconstruiu a vida com apoio da patrulha. “Me sinto livre, posso ir e vir sem medo. A patrulha é um exército de anjos, acolhem de verdade. Eles ajudam em tudo, até com alimentação e apoio psicológico. Sou muito grata. Digo com orgulho: sou uma mulher livre e me amo demais.”

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