Patrulha Mulher Mais Segura já soma quase 4 mil atendimentos em Goiânia

07 setembro 2025 às 08h34

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A Patrulha Mulher Mais Segura, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, registrou 3.744 atendimentos entre janeiro e julho deste ano. O serviço especializado no enfrentamento à violência contra a mulher atua diariamente com acolhimento, proteção, encaminhamento a serviços especializados e acompanhamento de medidas protetivas.
Nesse período, a patrulha acompanhou 1.398 medidas protetivas de urgência, incluindo casos de reincidência. O perfil das mulheres atendidas é formado, em sua maioria, por pessoas de 31 a 40 anos (36,8%) e de 18 a 30 anos (31,9%).
A comandante da patrulha, Luiza Sol, destaca que cada ação representa um avanço na proteção à vida. “Todos os dias cada medida cumprida representa um passo na proteção da vida de uma mulher. Nossa missão é constante, humana e necessária. Reforçamos a coragem das mulheres que denunciam e a dedicação da equipe que trabalha para garantir segurança e dignidade.”
Além das operações de rotina, a patrulha também promove atividades de conscientização. Entre janeiro e julho, mais de 3,6 mil mulheres foram alcançadas em palestras, campanhas e eventos. Já a Operação Shamar — mobilização nacional das forças de segurança — impactou mais de 269 mil pessoas em plataformas digitais.
Voz das vítimas
A professora Valdelene Silva de Leão, de 53 anos, é uma das mulheres atendidas pela Patrulha Mulher Mais Segura. Ela relata que as agressões começaram de forma velada. “A primeira vez foi no carro, depois de um evento. Ele dirigia em alta velocidade, com meu filho dentro, ameaçando bater. Era ciúme, descontrole. Depois vieram as ameaças de morte.”
O acolhimento ocorreu após denúncia na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). “Pouco depois recebi a ligação da Guarda, dizendo que estariam cuidando de mim. Ali eu me senti segura. Não era só a Guarda, eram meus anjos da guarda.”
Hoje, Valdelene afirma que reconstruiu a vida com apoio da patrulha. “Me sinto livre, posso ir e vir sem medo. A patrulha é um exército de anjos, acolhem de verdade. Eles ajudam em tudo, até com alimentação e apoio psicológico. Sou muito grata. Digo com orgulho: sou uma mulher livre e me amo demais.”
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