Para se adequar à lei, Goiás deve reduzir R$ 1,4 bi em folha de pagamento
05 março 2020 às 10h21

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Estado gastou 49,39% com pessoal e atingiu o limite máximo estabelecido de 48,60%

Durante prestação de contas do 3º quadrimestre de 2019, a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, afirmou que Goiás ultrapassou o limite máximo de gasto com pessoal e declarou que o Estado precisa cortar R$ 1,4 bilhão nesse tipo de despesa.
De acordo com os dados, Goiás atingiu 49,39% de gastos com pessoal, mas se fossem contabilizadas as gratificações e verbas indenizatórias o valor aumentaria para quase 53%, enquanto o limite máximo seria de 48,60%.
“Dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal temos três limites: o máximo [mais grave], o prudencial e o de alerta. (…) A diminuição de R$ 1,4 bi seria para chegarmos ao limite de alerta”. Goiás, segundo ela, já extrapolou o limite máximo e, por isso, a redução da folha se faz necessária.
Como fazer?
A titular defendeu que, para isso, primeiro é preciso “repensar sobre as contratações”. “Depois temos que pensar nas promoções e progressões que são todas legítimas e legais, porém precisamos dar adequação e racionalidade para toda gama de servidores públicos do Estado”, acrescentou.
Schmidt explicou também que a situação chegou a este ponto devido ao descompasso entre o crescimento das receitas e o crescimento das despesas ao longo dos últimos 15 anos. “Tivemos um crescimento de receitas, no total deste período, de 125% enquanto a nossa despesa com pessoal cresceu quase 500%. Isso é um baque muito grande para economia”.
Por fim, a secretária defendeu que o governo de Ronaldo Caiado quer mostrar “de forma clara” para a sociedade que o Estado “chegou a uma situação fiscal insustentável”.
