Entre os desafios que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá pela frente está a dívida de R$ 5 bilhões que o Brasil possui com órgãos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A informação foi divulgada nesta terça-feira, 6, pelo economista do grupo técnico (GT) de Planejamento, Orçamento e Gestão do gabinete de transição, Antônio Corrêa de Lacerda, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

“Evidentemente isso vai na contramão do projeto de inserção nacional, porque o básico que você tem que fazer é cumprir esses compromissos junto a esses órgãos internacionais”, disse Lacerda ao lado do coordenador dos grupos temáticos e ex-ministro, Aloizio Mercadante.

Levantamento 

De acordo com Lacerda, que também é presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), o grupo está fazendo um levantamento completo de todo esse passivo que a União tem junto a órgãos internacionais. 

“Estamos verificando o espaço no orçamento de forma a orientar o novo governo e as pessoas que serão indicadas para o ministério de forma a resgatar essa função”, concluiu.

Ministério da Economia 

A equipe de Lula já confirmou que o Ministério da Economia deve ser desmembrado em três pastas no futuro governo: Economia, Planejamento, Orçamento e Gestão e Indústria e Comércio.

A atual configuração do Ministério da Economia foi definida no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL), que integrou várias pastas em um superministério, comandado desde 2019 por Paulo Guedes.

Segundo Mercadante, foi um equívoco acabar com o Ministério do Planejamento, que atende toda a demanda intraministerial. Ele ainda disse ainda que praticamente toda a estrutura do ministério está pronta.