OS Instituto de Gestão e Humanização é alvo de operação da Polícia Federal

21 agosto 2025 às 12h20

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A Polícia Federal (PF) apura desvios de recursos públicos na área da saúde em Goiânia, ocorridos entre 2022 e 2023. O caso envolve o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), organização social que tinha contrato com o Governo de Goiás para administrar o Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) e o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (Hemnsl). A sede do Instituto em Goiânia está localizada na Av. Perimetral c/ R.07, Setor Oeste.
Segundo as investigações, o diretor-presidente do IGH, Joel Sobral de Andrade, é suspeito de criar um plano de saúde privado em nome da própria filha, mas que teria sido custeado com dinheiro público. Os beneficiários eram funcionários dos hospitais públicos geridos pela OS, e as mensalidades eram pagas irregularmente com recursos da saúde. Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás esclarece que a investigação ocorre no âmbito da Polícia Federal, autoridade competente para repassar os devidos esclarecimentos solicitados.
Na quinta-feira, 21, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em Goiânia e Salvador, além de sequestrar mais de R$ 5 milhões de pessoas físicas e empresas ligadas ao esquema. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal. Ninguém foi preso até o momento. Os investigados devem responder por peculato, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
O IGH já vinha sendo alvo de questionamentos. Em maio de 2025, o Governo de Goiás determinou a suspensão do contrato de gestão firmado com a entidade para administrar o Hemu e o Hemnsl, designando a transição da administração para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus. A medida foi assinada pelo secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis Santos Júnior, após audiência pública que discutiu as contas da organização. Veja abaixo.
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