O cinema viveu um ano especial em 2025, com estreias marcantes, forte diversidade estética e reconhecimento internacional para a produção brasileira. A avaliação é do professor de Cinema da Universidade Federal de Goiás (UFG), Lisandro Nogueira, que conversou com o Jornal Opção e destacou os filmes que, em sua percepção, melhor sintetizam a força criativa do ano.

Lisandro Nogueira organizou uma seleção que atravessa gêneros, países e estilos, sempre privilegiando o impacto artístico e a relevância narrativa.

Confira a lista: 

Bugonia

O filme é uma sátira contemporânea que dialoga diretamente com o imaginário conspiratório dos tempos atuais. Na trama, dois homens obcecados por teorias da conspiração sequestram a CEO de uma grande empresa após se convencerem de que ela seria uma alienígena disposta a destruir a Terra. 

Depois da Caçada

Outro título que chamou a atenção do professor é Depois da Caçada, dirigido por Luca Guadagnino. O longa propõe um exame direto e desconfortável sobre abuso de poder e silêncios institucionais. A história acompanha uma professora universitária que se vê em uma encruzilhada pessoal e profissional quando uma aluna acusa um professor de abuso, situação que ameaça trazer à tona um segredo de seu próprio passado. 

Ladrões

O filme é uma guinada incomum na carreira de Darren Aronofsky. Ambientado na Nova York dos anos 1990, o longa acompanha Hank Thompson, um ex-jogador de beisebol que se vê inesperadamente envolvido em uma luta pela sobrevivência no submundo criminoso da cidade. Com Austin Butler e Matt Smith no elenco, o filme combina tensão psicológica e violência urbana.

Nouvelle Vague

No campo da cinefilia auto reflexiva, o filme de de Richard Linklater, presta homenagem ao nascimento de um dos movimentos mais influentes da história do cinema. Ambientado em Paris, em 1959, o filme acompanha um realizador desconhecido, um produtor ousado e uma equipe mínima tentando rodar um primeiro longa em apenas 20 dias, com um orçamento irrisório e um embrião de roteiro sobre um marginal em fuga e sua namorada. 

Ainda estou aqui

Fechando a lista, Ainda estou aqui ocupa lugar central não apenas pelos prêmios, mas pela força de sua narrativa. Ambientado no início dos anos 1970, durante o endurecimento da ditadura militar, o filme retrata a família Paiva no Rio de Janeiro. Após o desaparecimento de Rubens, levado por militares à paisana, sua esposa Eunice precisa se reinventar e buscar a verdade enquanto cria os cinco filhos, em uma jornada que atravessa décadas.

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