A Polícia Federal (PF) cumpre três mandados de busca e apreensão no Tocantins nesta sexta-feira, 30, contra um grupo suspeito de vazar informações sigilosas da própria corporação. A ação teria privilegiado investigados durante as operações.

LEIA TAMBÉM

‘Comando C4’: grupo de matadores de aluguel formados por militares e policiais civis cobrava R$ 250 mil para espionar ministros do STF

Juíza nega mandado de segurança de Thiago Barbosa, preso na Operação Sisamnes, para reativar inscrição na OAB

A ação é um desdobramento da Operação Sisamnes, que chega na 9ª fase e apura ainda a concessão de privilégios ilegais concedidos a um dos presos em etapas anteriores. 

“Os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”, informou a PF.

Os mandados são cumpridos em Palmas, capital do Estado, onde também dois alvos tiveram os passaportes recolhidos e estão proibidos de manterem contato. Os nomes não foram divulgados.

Juiz afastado 

A 9ª fase da Operação Sisamnes aconteceu um dia depois de um juiz do Mato Grosso ter sido afastado das funções por suspeita de envolvimento em um esquema milionário de venda de sentenças judiciais. Ainda nesta semana, a PF também descobriu a existência de um grupo criminoso estruturado para espionar e executar autoridades – entre elas parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última quarta-feira, 28, cinco pessoas foram presas por suspeita de serem mandantes e coautores do assassinato do advogado Roberto Zampieri, suspeito de participar no esquema de venda de sentenças. Foi a partir desta execução que a PF começou a investigar o grupo.