Operação investiga fraude em contratos na saúde e cumpre busca e apreensão em Goiânia
26 agosto 2021 às 09h19

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Determinações buscam provas sobre atuação de grupo criminoso em fraude de contratos do Iges-DF na área de radiologia

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou, nesta quarta-feira (26), a operação Medusa. Com apoio da Polícia Civil de Goiás, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiânia. As investigações buscam provas sobre atuação de um grupo criminoso em fraude de contratos do Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF) na área de radiologia em 2018.
No total, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Os alvos foram servidores do Iges-DF e as empresas investigadas.
Segundo os investigadores, o Iges-DF recebe recursos públicos, portanto está sujeito aos princípios da administração pública. Os investigadores encontraram falhas graves nos contratos com a área de radiologia e imagem, firmados em 2018.
Os objetos da contratação não foram especificados de forma adequada. Além disso, os valores pagos foram excessivos. Outro ponto das investigações são os indícios de direcionamento de processo seletivo e conluio entre empresas.
Na última semana, o instituto foi alvo da Operação Ethon, que apurou indícios de superfaturamento na contratação de leitos de unidade de terapia intensiva em 2020. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na região metropolitana de Goiânia.

No total, foram 61 mandados de busca e apreensão cumpridos. O Hospital de Base e o de Santa Maria foram os alvos da investigação. Ambos são administrados pelo Iges-DF. Em Goiás, as ordens foram cumpridas no Centro Médico Garavelo.
Um dos mandados de busca e apreensão da Operação Medusa foi cumprido na casa do secretário de saúde do estado de Goiás Ismael Alexandrino. O chefe da Pasta foi diretor de um dos hospitais administrados pelo Iges-DF em 2018.
