Operação da PF em GO e outros cinco estados mira hackers suspeitos de desviar mais de R$ 800 milhões de empresas ligadas ao PIX
30 outubro 2025 às 11h24

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Uma operação da Polícia Federal cumpre diversos mandados de prisão e busca e apreensão contra hackers suspeitos de desviar R$ 813 milhões de contas de bancos e instituições de pagamentos que são usadas para gerenciar transferências de dinheiro de clientes via PIX. A ação ocorre em seis estados – Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba e Bahia – e no Distrito Federal.
Ao todo, são 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão. Somente em Goiás, foram 25 de busca e apreensão e 12 de prisão, sendo que, até o momento, cinco pessoas foram presas. Há outros sendo cumpridos no exterior, com apoio da Interpol, e em cooperação internacional com as polícias da Espanha, Argentina e Portugal. Também foi determinado o bloqueio de R$ 640 milhões em bens dos investigados. Eles podem responder por crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, o ataque cibernético ocorreu em julho e afetou pelo menos seis instituições financeiras. A ação ainda causou alvoroço no mercado financeiros. Apesar disso, segundo as empresas envolvidas, não houve danos às contas e informações dos clientes.
O ataque foi reportado pela C&M Software ao Banco Central. O incidente permitiu o acesso indevido a contas de reserva das instituições que estavam conectadas à companhia. As contas de reservas são as que os bancos e instituições financeiras mantêm no BC. Elas funcionam como uma conta corrente e são utilizadas para processar as movimentações financeiras das instituições.
Segundo a C&M, criminosos usaram credenciais, como senhas, de clientes para tentar acessar seus sistemas e serviços de forma fraudulenta.
