OMS considera o estado de São Paulo como área de risco para febre amarela
16 janeiro 2018 às 13h22

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Estado já registrou 21 mortes em decorrência da doença. Governo de SP antecipou campanha com vacina fracionada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (16/1) informe em que classifica todo o estado de São Paulo como área de risco para a febre amarela. Segundo a entidade, a decisão foi tomada a partir do crescimento do nível de atividade do vírus da doença no território paulista desde o fim de 2017.
O último balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, divulgado sexta-feira (12), indica 40 casos confirmados e 21 mortes em decorrência da doença desde janeiro de 2017.
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Com isso, a OMS recomenda que toda pessoa que pretenda viajar para qualquer ponto do estado, partindo de dentro do Brasil ou de outros países, tome a vacina contra a febre amarela com dez dias de antecedência.
A entidade informa ainda que a avaliação é um processo permanente e que pode vir a indicar novas áreas de risco no país.
De acordo com a OMS, desde dezembro de 2016 foram registradas ocorrências de febre amarela em macacos em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, com 788 casos em humanos, dos quais 265 resultaram na morte do doente.
Vacina
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta terça (16) que o uso das vacinas fracionadas contra febre amarela será antecipado no estado. A campanha de imunização com a dose com um quinto da quantidade padrão começa a partir do dia 29 de janeiro, não dia no 3 de fevereiro como estimado anteriormente.
Quem recebe a vacina com a dose padrão fica imunizado a vida inteira contra a febre amarela. Desde setembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo vem aplicando esse formato de vacina. A vacina fracionada, que será oferecida a partir do dia 29, terá validade mínima de oito anos.
Alckmin anunciou também o aumento da meta de pessoas a serem imunizadas, de 6,3 milhões para 7 milhões, com maior atenção às áreas prioritárias, onde as pessoas estão mais susceptíveis à febre amarela silvestre. Segundo o governador, um milhão de doses extras serão enviadas pelo Ministério da Saúde para atender ao estado.