“O modelo certo não é o com responsabilidade exclusiva do município” diz Allysson Lima sobre CDTC
03 março 2019 às 11h40

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Deputado estadual vê a decisão de saída do governo como negativa para o transporte coletivo goiano

Jessica Neves
O deputado estadual Allysson Lima (PRB) vê como negativo para o transporte coletivo metropolitano a possível saída do Estado da Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC) .
Ao Jornal Opção ele disse que vê a saída da Agência Goiana Reguladora (AGR), do Governo, da CDTC como algo negativo em dois aspectos: “do lado técnico porque a AGR, hoje, emite parecer em relação ao aumento da tarifa. E também pelo lado político. Ou seja, se o transporte coletivo já está ruim com toda a força dos municípios, com representante da Assembleia, representante do Ministério Público, representante da Câmara de Vereadores, e o Estado, imagina só se o Estado sair”.
Bruno Peixoto (MDB), líder do Governo na Alego, disse durante a semana na Assembleia que o governo entende que essa é uma competência exclusiva dos municípios e que definir tarifa não é atribuição do Estado.
Para Allysson Lima, “o modelo certo não é o modelo apenas com a responsabilidade do município. Em todo e qualquer lugar do mundo, quando se fala de transporte coletivo eficiente, ele é subsidiado.” E acrescenta que hoje todo o sistema de transporte público de Goiânia e da região metropolitana é financiado com o dinheiro da tarifa.
De acordo com o deputado, “esse modelo já é um modelo ultrapassado, tem que subsidiar. E este subsídio vem através de um pacto, entre Estado, Município e União. O município sozinho não dá conta de gerir o transporte coletivo”.
O processo de revisão da tarifa de ônibus na região metropolitana que está previsto para o próximo mês não deve sofrer atrasos, é o que pensa Allysson Lima. “Eu acredito que independente do Estado estar ou não na Câmara Deliberativa, esta pauta logo entra. Eu como representante da Assembleia Legislativa já tenho voto formado: eu sou contra o aumento”, finalizou.
