“O ideal é aprovar o projeto como está”, diz Meirelles sobre reforma da Previdência
05 fevereiro 2018 às 08h29

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Ministro da Fazenda reuniu-se com presidente Temer e o relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), antes da volta do recesso parlamentar
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu mais uma vez, no último domingo (4/1), o texto da reforma da Previdência que tramita na Câmara dos Deputados. Às vésperas da volta do recesso parlamentar, o debate entorno da aprovação da matéria volta a se acirrar.
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“A ideia é aprovar o projeto como está hoje. Este é o ideal. Agora, estamos entrando na semana onde se começa a decidir de forma mais objetiva sobre os pontos de resistência. Vamos ver o que é possível fazer para termos uma reforma da Previdência que, de um lado, preserve uma maior equidade entre todos os brasileiros e, por outro, preserve a capacidade do Estado de garantir as aposentadorias no futuro”, declarou Meirelles.
Segundo o ministro, o Brasil ainda está longe de ser obrigado a reduzir valores ou cortar benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, mas que mudanças na legislação são necessárias para evitar que a Previdência quebre, como já ocorreu em outros países.
“Como sabemos, existem países que já tiveram dificuldades para pagar os benefícios e tiveram que sair cortando o valor das aposentadorias. Estamos longe disso e vamos tomar as medidas necessárias [para evitar que isso seja necessário]”, disse o ministro ao deixar o Palácio do Jaburu, em Brasília, onde se reuniu com o presidente Michel Temer e com o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
De acordo com Meirelles, a reunião foi mais um dos tantos encontros da equipe de governo para planejar uma estratégia para conseguir aprovar, no Congresso Nacional, no menor espaço de tempo possível, as mudanças nas normas de aposentadoria.
Apesar de ainda estar longe de ter os votos necessários para aprovação, o governo vem trabalhando para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as atuais regras previdenciárias comece a ser apreciada em plenário no próximo dia 19.