Norte-americanos estão preocupados com o aumento do poder de Trump, aponta pesquisa

11 setembro 2025 às 19h45

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A tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de expandir o poder executivo tem gerado apreensão entre os norte-americanos, segundo levantamento Reuters/Ipsos. Entre as medidas que preocupam estão o envio de tropas para cidades do país para combater o crime e a tentativa de assumir controle sobre setores da economia, incluindo pressões sobre empresas como Intel e Nvidia e tentativas de influenciar o Federal Reserve.
A pesquisa indica que uma ampla parcela da população é favorável a limites ao poder presidencial e não apoia os esforços de Trump para romper normas tradicionais. Apenas 32% dos entrevistados afirmaram que se sentiriam mais seguros com tropas armadas patrulhando grandes cidades, enquanto 62% dos republicanos apoiam a ideia, mas apenas 25% dos independentes e 10% dos democratas concordam. O levantamento também mostra que a percepção pessoal de risco em relação à criminalidade é baixa: apenas 20% dos entrevistados se sentem frequentemente inseguros e um terço evita grandes cidades devido à violência.
Especialistas afirmam que, embora a população reconheça o problema do crime, considera que o aumento do poder presidencial proposto por Trump pode agravar a situação. “As pessoas concordam que o crime e a segurança são um problema, mas acham que o abuso de poder de Trump não resolve o problema, ele o piora”, afirmou Jesse Ferguson, estrategista democrata.
A pesquisa também mostrou rejeição à intervenção de Trump na economia. Apenas 16% da população acha positivo que o presidente tenha poder para definir taxas de juros ou indicar onde empresas devem fabricar produtos. O índice de aprovação geral do presidente se mantém em 42%, com apoio consolidado entre os republicanos, enquanto uma maioria significativa dos eleitores — democratas e republicanos — defende que Trump respeite decisões judiciais mesmo discordando delas.
O levantamento ouviu 1.084 adultos em todo o país, com margem de erro de três pontos percentuais para o total e entre cinco e seis pontos para os recortes por partido.
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