No Senado, Goiás é 100% a favor do impeachment
19 abril 2016 às 09h46

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Bancada goiana, composta por Lúcia Vânia (PSB), Wilder Morais (PP) e Ronaldo Caiado (DEM) deve votar em favor da abertura do processo
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Começa a tramitar nesta terça-feira (19/4) no Senado Federal, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A bancada goiana, composta pelos senadores Ronaldo Caiado (DEM), Wilder Morais (PP) e Lúcia Vânia (PSB) não escondem seu posicionamento e darão votos favoráveis à abertura do processo.
Diferente da votação na Câmara dos Deputados, no Senado é preciso uma vitória com maioria simples para passar: metade mais um dos senadores presentes, desde que tenha um quórum de, no mínimo, 41 senadores no plenário. Caso a denúncia não seja aceita, o processo é extinto.
Além de presidente do Democratas em Goiás, partido que votou em peso pela aprovação do impeachment na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado é conhecido nacionalmente pela defesa ferrenha do impeachment da presidente.
Na semana passado, o Partido Progressista de Wilder Morais anunciou que votaria a favor do impedimento da presidente e deixou oficialmente a base do governo. Da mesma maneira, o PSB de Lúcia Vânia também tomou posição favorável ao impeachment, decisão endossada pela senadora goiana.
Tramitação
A leitura da denúncia contra Dilma e a autorização da Câmara para abertura do processo de impedimento será feita na tarde desta terça-feira (19) no plenário do Senado, logo antes da ordem do dia. A partir daí os líderes partidários poderão indicar representantes para a comissão especial, que terá 21 membros titulares e 21 suplentes.
Antes disso, às 11 horas, Renan terá reunião com os líderes para definir os prazos e o ritmo de trabalho da comissão e a proporcionalidade de cadeiras para cada bancada.
Após as indicações, a composição da comissão especial será referendada pelo Plenário, na forma de chapa única, sem a possibilidade de candidaturas avulsas. O colegiado terá 48 horas para realizar a sessão de instalação, durante a qual serão escolhidos, por eleição, o presidente e o relator.
A comissão terá dez dias úteis para apresentar seu relatório final sobre a admissibilidade do processo de impeachment. Independentemente da deliberação dos membros, o texto será apreciado pelo Plenário. Caso a maioria simples dos senadores aprove a recepção do processo, o Senado notificará o Palácio do Planalto e a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por 180 dias. A partir daí, o Senado passará a julgar o mérito da acusação. (Com informação Agência Senado)