Nikolas Ferreira ataca universidades federais após prisão de estudante pela PF

12 setembro 2025 às 16h33

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) voltou a usar as redes sociais para atacar universidades públicas brasileiras. A reação ocorreu após a Polícia Federal prender em flagrante um estudante da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), acusado de ameaçá-lo de morte.
O jovem foi identificado como Adalto Gaigher Junior e detido na quinta-feira, 11, no interior do Espírito Santo. Segundo a PF, a prisão ocorreu em flagrante, após o parlamentar bolsonarista representar pela continuidade das investigações.
Em nota, a corporação informou que o investigado foi levado à Delegacia da PF em São Mateus (ES) e que um inquérito foi instaurado para apurar outros possíveis crimes e a participação de terceiros. A ameaça teria sido feita na véspera da viagem de Nikolas Ferreira ao estado.
Declarações de Nikolas Ferreira contra universidades públicas
Após a prisão, Nikolas usou o caso para generalizar críticas às instituições federais. “Repito: as universidades brasileiras têm formado pessoas que desejam, concordam ou incentivam matar pessoas inocentes por desavenças política”, escreveu.
O parlamentar, aliado de Jair Bolsonaro, acusou os centros de ensino superior de serem ambientes que promovem violência e intolerância política. Em paralelo ao episódio, Nikolas Ferreira fez publicações consideradas um “apito de cachorro”.
O termo é usado para descrever mensagens veladas que incitam violência entre apoiadores. Ele compartilhou a imagem de um “anjo” com a frase em inglês:
“Do not make peace with evil, destroy it” (“Não faça as pazes com o mal, destrua-o”), símbolo frequentemente usado por grupos conservadores, armamentistas e cristãos dos Estados Unidos em discursos de “guerra santa”.
Nikolas também repercutiu em suas redes a morte do influenciador trumpista Charlie Kirk, assassinado a tiros em um evento universitário em Utah. Antes mesmo da identificação do autor do crime, setores da ultra direita norte-americana apontaram a esquerda como responsável.
O deputado brasileiro ecoou essa narrativa, publicando: “A morte de Charlie Kirk não será esquecida, ela clama contra a injustiça e desperta corações. (…) Criaram uma geração que jamais será derrotada.”
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