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Lucas Calil também criticou insistência do Estado em aderir ao RRF. “Vai terceirizar a administração para o governo federal”, disse

"Estão priorizando conchaves", diz Lucas Calil sobre fim do orçamento impositivo
Lucas Calil | Foto: Divulgação

Em entrevista ao Jornal Opção, o deputado estadual Lucas Calil (PSD) falou sobre as possíveis mudanças de cadeira na Assembleia Legislativa a partir da volta do recesso. Segundo ele, atualmente, muitos parlamentares estão em cima do muro, descontentes.

“Não conseguem agenda, as emendas não foram pagas… Os prefeitos tentam terminar o Goiás na Frente, tem dinheiro na conta e nada de assinar. A insatisfação é tanta que o próprio líder do governo [Bruno Peixoto] quer entregar o cargo”, disse, referindo-se a parlamentares da base, sem citar nomes.

Ele afirma, inclusive, que foram oferecidos cargos a ele para votar matérias do governo, mas recusou. “Minha oposição é ideológica”, decretou. “Esse discurso de dificuldade cai por terra”.

RRF

Calil também comentou a segunda afirmativa da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) de que o governo estadual não se enquadra no Regime de Recuperação Fiscal (RRF): “Ratifica o que falamos desse governo: sobra incompetência e falta norte”.

Segundo ele, no primeiro semestre foram arrecadados mais de R$ 1 bi que no mesmo período do ano passado, mas falta cronograma administrativo. “Qual a razão de não pagar dezembro e dar aumento para servidor, além de cota de cargos para deputados estaduais, federais e senadores?”.

“Um regime que vai terceirizar a administração para o governo federal”, alertou. “O STN já falou por duas vezes que o Estado não se enquadra. Estão se pautando por uma liminar do ministro Gilmar Mendes”, pontuou.