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Segundo presidente, cada deputado que não concordar com exposição em Porto Alegre pode retirar sua conta do banco ou ainda se manifestar

Fotos: Ruber Couto

Os deputados Marlúcio Pereira (PSB), Santana Gomes (PSL) e Francisco Junior (PSD) subiram na tribuna na última terça-feira (19/9) para repudiar a exposição sobre diversidade sexual promovida pelo Banco Santander em Porto Alegre (RS). Além de se posicionar contra a Queermuseu, eles pediram que a Assembleia Legislativa encerre sua conta no banco, onde é feito o pagamento dos servidores da Casa.

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De acordo com o presidente da Casa,  José Vitti (PSDB). “não há brecha jurídica e nem razão para cancelamento da licitação”.

“Temos que separar. Não cabe a mim julgar quem autorizou ou não aquela mostra. O banco quando observou a mostra, cancelou o patrocínio e se retratou”, disse em entrevista ao Jornal Opção.

Segundo ele, “erros e equívocos acontecem”. “Agora, cancelar uma licitação que foi ganha de uma maneira absolutamente correta porque alguns deputados entendem que a mostra não condiz com os bons costumes brasileiros, não vejo razão”, acrescentou.

Para ele, os deputados que não concordarem com a exposição, devem retirar a conta do banco ou ainda se manifestarem.

Para o deputado Luis Cesar Bueno (PT), “não há como encerrar o contrato por que é um processo legal, registrado, licitado e que atende a lei”.

Segundo o parlamentar, a Casa pode ter prejuízo ao encerrar o contrato por contato do pagamento de multa.

Polêmica

A exposição ganhou repercussão depois que o Movimento Brasil Livre (MBL) a acusou de fazer apologia a pedofilia, zoofilia e promover a sexualização de crianças. Ela ficaria em cartaz até 8 de outubro, mas foi encerrada no último domingo (10), por decisão do Santander que, em nota, pediu desculpas e afirmou que “o objetivo da exposição era incentivar as artes e não gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia”.