Mulheres são presas por falso agenciamento de modelos infantis; vítima perdeu R$ 12 mil tentando anúncio para filho

23 junho 2025 às 09h38

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Quatro mulheres foram presas suspeitas de aplicarem golpes prometendo emplacar crianças em propagandas. Para isso, vendiam fraudulentamente ‘books’ de fotos e agenciamento por altos valores, segundo o delegado da Central de Flagrantes, Rilmo Braga. Elas foram presas no último domingo, 22, em Goiânia, após as vítimas denunciarem o caso.
Segundo o delegado, anúncios eram vinculados às redes sociais em links patrocinados, usando o nome da empresa ‘Haut Models’, e os pais entravam em contato acreditando que os filhos poderiam ser modelos infantis. Chegavam a simular uma pré-avaliação e aprovação da criança. “Então, eles mostram uma palestra de pessoas que já foram clientes deles e conseguiram contratos milionários, mas para isso têm que pagar determinadas quantias pelo book e pela assessoria de divulgação das imagens para tentar ativo de contratos”, explicou.

Uma das vítimas chegou a pagar R$ 12 mil pelo serviço. Outras, assinaram contratos que variam de R$ 1.200 a R$ 1.800. Uma foto mostra o catálogo de preços e formas de parcelamento dos supostos planos de agenciamento: iniciante, básico, plus e Haut Purple. Os valores variam de R$ 500 a quase R$ 5 mil. Segundo o delegado, as investigações apontam que o valor máximo que a empresa pediu foi R$ 15 mil.
O número total de vítimas ainda não é preciso, mas até o momento, pelo menos nove foram identificadas. Após denúncias, as mulheres foram presas em flagrante e devem responder por crime contra a economia popular, estelionato e associação criminosa. O caso vai seguir em investigação pelo delegado Humberto Teófilo.
Os nomes das suspeitas não foram divulgados. Por isso, o Jornal Opção não conseguiu localizar e contatar os advogados de defesa.
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