Mulher que luta pelo “direito de morrer” releva ter matado o próprio filho

03 julho 2024 às 15h52

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Antonya Cooper, ativista pelo “direito de morrer”, revelou ter matado o próprio filho de 7 anos. Ela teria dado ao filho uma grande dose de morfina. A declaração ocorreu em entrevista à rádio da BBC, emissora pública do Reino Unido.
O caso ocorreu em 1981. O filho de Antonya tinha um neuroblastoma, câncer que afeta o sistema nervoso ou as glândulas adrenais – em estado terminal. A mulher afirma que o matou para aliviar o sofrimento do filho.
“Na última noite de Hamish, quando ele disse que estava com muita dor, eu disse:’Você gostaria que eu aliviasse a sua dor?’” e ele disse: “‘Sim, por favor, mamãe.’”, disse Antonya à rádio.
Ela contou que injetou a morfina no corpo do menino até “acabar com a vida dele silenciosamente”, por meio de um cateter. Tanto o suicídio assistido, que consiste em ajudar intencionalmente outra pessoa a interromper a própria vida, e a eutanásia, são ilegais na Inglaterra.
A mulher foi diagnosticada com um câncer terminal e decidiu lutar para mudar as leis do país e garantir o direito à eutanásia e ao suicídio assistido.
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