Um mulher foi presa suspeita de praticar estelionato contra parentes de pessoas hospitalizadas em várias cidades do Brasil. Segundo a Polícia Civil, ela faz parte de uma organização criminosa que realiza contatos telefônicos com familiares desses pacientes, apresentando-se como médicos ou coordenadores de unidades de saúde, utilizando nomes fictícios.

Segundo o delegado Alex Rodrigues da Silva, do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Goiânia, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Foram apreendidos aparelhos eletrônicos possivelmente utilizados na prática de estelionato.

“A mulher detida em Goiânia foi em decorrência da referida investigação conduzida pela PCRS. Em consulta aos sistemas foi localizado um outro mandado de prisão preventiva expedido pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. Na residência, foi localizada uma tornozeleira eletrônica rompida anteriormente pela detida”, explica o delegado do Geic, Alex Rodrigues da Silva.

Delegado do Geic, Alex Rodrigues da Silva | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo as investigações, a acusada agia explorando a fragilidade emocional das vítimas. Ela, em conjunto com outros golpistas, relatavam um suposto agravamento do quadro de saúde do familiar e afirmam ser necessária a realização imediata de exames ou procedimentos não cobertos pelo plano de saúde, criando um cenário de urgência extrema.

Nesse contexto de forte pressão psicológica, ela exigia o pagamento de quantias elevadas para a realização dos procedimentos. Segundo as investigações, normalmente os pagamentos feitos pelas vítimas eram por meio do Pix – em razão da rapidez e da dificuldade de reversão dessa modalidade de transferência. Após a conclusão dos procedimentos legais, a detida foi colocada à disposição do Poder Judiciário.

Alerta sobre o golpe

De acordo com o delegado do Geic, é importante a população ficar desconfiada sempre com contatos realizados por terceiros solicitando valores, dados pessoais ou qualquer tipo de vantagem. “Golpistas costumam se passar por familiares ou utilizar situações de emergência para pressionar as vítimas’, alerta.

“Nesses casos, é fundamental verificar a informação antes de tomar qualquer atitude. Tente entrar em contato diretamente com o familiar supostamente envolvido, seja por ligação convencional, chamada de vídeo ou contato com outros membros da família” explica Alex Rodrigues da Silva.

Ainda segundo o delegado, se houver qualquer indício de que a situação possa se tratar de um golpe, interrompa imediatamente o contato e procure a Polícia Civil ou outra autoridade policial. “A orientação é nunca realizar pagamentos ou fornecer informações pessoais sem confirmar a veracidade da situação”, finaliza.

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