Uma mulher de 34 anos foi morta após ser atropelada por um caminhão no município de Orizona, no sudeste de Goiás. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, que já foi preso. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.

De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu no bairro Santa Luzia. A vítima, identificada como Nayara Eloa Rocha Gomes, foi encontrada caída no chão e teve a morte confirmada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Em entrevista ao Jornal Opção, o delegado Kennet Andersson explicou que, desde o primeiro atendimento da ocorrência, as informações já apontavam para o ex-companheiro como principal suspeito. Segundo ele, relatos colhidos ainda de forma preliminar indicam que houve uma discussão entre o casal momentos antes do crime.

“As informações iniciais dão conta de que eles teriam discutido. Após essa discussão, o autor teria entrado no caminhão. Familiares da vítima estavam na frente do veículo, ele pediu que saíssem, e a vítima aparentemente não saiu. Em seguida, ele acelerou o caminhão contra ela”, afirmou o delegado.

Ainda segundo a Polícia Civil, familiares da vítima presenciaram o momento do atropelamento e relataram os fatos às autoridades. Após atingir Nayara, o suspeito fugiu do local. O caminhão utilizado no crime foi encontrado abandonado em uma estrada da zona rural e, posteriormente, incendiado.

A Polícia Militar localizou o suspeito nas proximidades da área onde o veículo foi deixado e efetuou a prisão em flagrante. Ele foi encaminhado ao sistema prisional e permanece à disposição da Justiça.

Kennet Andersson informou que o caso foi autuado, inicialmente, como feminicídio. “A princípio, sim, a tipificação é feminicídio. Isso, claro, ainda depende das diligências complementares e da confirmação pericial das circunstâncias e da causa da morte, mas os elementos apontam nessa direção”, explicou.

A Polícia Civil já instaurou inquérito por meio da Delegacia de Pires do Rio. Segundo o delegado, os próximos passos da investigação incluem a conclusão da perícia técnica, o levantamento de imagens de câmeras de segurança da região e a oitiva formal das testemunhas. “As principais testemunhas são familiares da vítima. Por respeito ao luto, elas ainda não foram ouvidas, mas devem prestar depoimento nos próximos dias”, disse.

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