Mudança na minireforma “esfria” corrida de filiações ao PSDB
19 setembro 2015 às 17h04

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Avaliação do presidente metropolitano, Rafael Lousa, é a de que há grande expectativa sobre a sanção do projeto de lei que altera prazo para entrada de novos militantes

A possibilidade de o prazo para filiações partidárias ser estendido por mais seis meses, conforme projeto de reforma política no Congresso Nacional, esfria a corrida para que o PSDB metropolitano conquiste novos militantes. A avaliação é do presidente Rafael Lousa, em entrevista ao Jornal Opção Online.
“Vimos um ritmo muito intenso, agregando vereadores, ex-vereadores, suplentes e lideranças de bairro com trabalho consistente nas zonais. Agora, deu uma esfriada. Todos estão na expectativa se será sancionado ou não [pela presidência da República] do jeito que está”, avalia.
Segundo ele, o partido se esforça para fechar o quadro de novos integrantes até o próximo dia 3 de outubro. Antes, no dia 24 de setembro, o vice-governador José Eliton (PP) e o vereador Tayrone di Martino (expulso do PT) oficializam a entrada para o ninho tucano em evento na Câmara Municipal de Goiânia.
Lealdade política
Para Lousa, a filiação de Eliton deixa a legenda do governador Marconi Perillo mais consistente. Mas não antecipa os debates para a eleição ao Palácio das Esmeraldas em 2018. “Acredito que demonstra sua lealdade política ao governador e humildade ao começar articulação com antecedência. Tem que se viabilizar e tem tempo para isso. Assim, Marconi pode fazer rearranjo na política nacional.”
No caso da entrada do ex-petista, o dirigente analisa que Tayrone terá maior respaldo. “É qualificado e tem posições firmes, tem propósitos claros. A maneira que o partido é conduzido e a nossa política o convenceram a vir. Ele é orgânico e ajuda, é uma pessoa de grupo.”
Porém, em 2014 Tayrone demonstrou que a conversa não é bem assim. O vereador abandonou sua candidatura a vice-governador da chapa petista, encabeçada pelo ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide. Além disso, votou contra indicação da sigla na apreciação do reajuste do IPTU/ITU da capital. Foram esses os motivos que levaram a sua expulsão. “Prefiro não fazer nenhum comentário em relação aos outros partidos”, disse Lousa, ao ser questionado pela reportagem sobre a situação.
Tramitação no Congresso
A Câmara dos Deputados rejeitou o projeto de lei da minirreforma eleitoral (PL 5735/13) que pretendia manter o prazo mínimo de um ano antes das eleições para a filiação do candidato ao partido pelo qual concorrerá.
Assim, prevalece o texto da Câmara, que diminui de um ano para seis meses o prazo de filiação partidária antes das eleições e mantém o prazo de um ano de domicílio eleitoral. Esse prazo estendido vai deixar muito candidatos as eleições de outubro do ano que vem mais aliviados, com mais tempo de fazer as negociações partidárias.