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Ministério Público afirmou que casal confessou recebimento de recursos não contabilizados por serviços prestados em campanhas eleitorais

Nesta quarta-feira (24/8), a força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato pediu a condenação do ex-marqueteiro do PT João Santana e da mulher dele, Mônica Moura, ao juiz federal Sérgio Moro.

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou, nas alegações finais apresentadas ao juiz, que o casal confessou que recebia recursos não contabilizados por serviços prestados em campanhas eleitorais.

 

“Observa-se da conduta desses réus, bem como dos demais, o desdém perante as instituições e as regras vigentes na sociedade, comportando-se como se estivessem acima delas, as regras, suplantando, sem qualquer remorso, a esfera do público, da coisa pública, do interesse social por seus mais egoístas interesses pessoais”, argumentou o MPF.

Além do casal de marqueteiros, os procuradores pediram a condenação do empresário Zwi Skornick e do ex-diretor da Petrobras Eduardo Musa. No entanto, eles assinaram acordo de delação premiada e já foram beneficiados com prisão domiciliar.

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, Mônica Moura e João Santana confirmaram que receberam US$ 4,5 milhões no exterior referente a uma dívida de campanha do PT nas eleições de 2010. Ambos estão presos desde fevereiro em Curitiba.