MP investiga se prefeito goiano possui transtorno mental que o faz gastar demais

21 março 2018 às 18h29

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Acumulando mais de 20 ações judiciais por dívidas, Jadiel Ferreira de Oliveira diz acreditar ser dono de uma imensa fortuna, fruto de loterias e heranças

Nathan Sampaio
O Promotor de Justiça Asdear Salinas Macias abriu uma portaria para que se instaure um inquérito contra o prefeito da cidade de Flores de Goiás, Jadiel Ferreira de Oliveira (PSDB). De acordo com o documento, a promotoria recebeu a informação de que Jadiel possui transtorno delirante persistente e megalomania, somando mais de 20 ações judiciais por não cumprir com suas obrigações financeiras. Consta na portaria que a defesa do advogado alega que o gestor é “absolutamente incapaz para os atos da vida civil”.
A portaria cita que, desde 2009, o prefeito já sofria com sintomas do distúrbio, acreditando ser “detentor de imensa fortuna que o aguarda em país exterior, fruto de loterias, sorteios, heranças, doações e toda sorte de fontes que ele toma como existentes em sua mente”.
O transtorno delirante persistente é um tipo grave de doença mental em que uma pessoa não pode dizer o que é real ou o que é imaginado. No caso do prefeito, a doença faz com que ele gaste exageradamente e possua sensação de riqueza.
Com o pedido de inquérito, a portaria requer, no prazo de dez dias, documentos que comprovem que o prefeito possua o transtorno. Caso isso aconteça, a ação poderá ser considerada um caso de improbidade administrativa, uma vez que, em tese, Jadiel nem sequer teria a capacidade para assinar um cheque pessoal, logo seria incapaz de gerir o município.
O Jornal Opção entrou em contato com Jadiel Ferreira. À reportagem, ele informou que só iria falar sobre o caso na quinta-feira (22).