Morre Beto Villa Verde, um dos brasileiros com síndrome de Down mais longevos
01 dezembro 2025 às 15h02

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José Roberto Monteiro Villa Verde, conhecido como Beto, morreu em Goiânia, na sexta-feira, 28, aos 76 anos. Ele se tornou um exemplo raro de longevidade entre pessoas com síndrome de Down no Brasil. O corpo foi velado na Primeira Igreja em Goiânia e sepultado no Cemitério Parque Memorial, na GO-020, saída para Bela Vista.
A expectativa média de vida de pessoas com síndrome de Down no país gira em torno de 60 anos nas duas últimas gerações. Beto superou esse marco por cerca de 15 anos, segundo estimativas da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.
Para a família, a longa vida de Beto é resultado direto do cuidado contínuo, da convivência afetiva e da inclusão nas atividades do cotidiano. A irmã e cuidadora, Ângela Villa Verde, destaca que ele sempre esteve integrado à rotina familiar.
“Ele fez parte da nossa vida todos os dias. Íamos ao shopping, viajávamos, e onde eu estava ele também estava. Esse amor e esse respeito foram fundamentais durante todo o tempo em que esteve sob meus cuidados”, afirma.
Ângela conta que a convivência com o irmão moldou sua forma de enxergar o mundo. “Aprendi muito com ele. Foi uma leitura de humanidade. Ele era extremamente amoroso e isso me aperfeiçoou como pessoa. Sempre houve acolhimento, aceitação e amor, exatamente como ele era.”
A história de Beto reforça avanços importantes no acompanhamento clínico e na estimulação cognitiva, essenciais para ampliar a qualidade e a expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down. Especialistas apontam que vínculos familiares fortes e ambientes socialmente inclusivos fazem diferença decisiva ao longo dos anos.
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