Contraventor cumpre pena em regime domiciliar por outras acusações

Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, tem prisão decretada por ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) | Foto: Reprodução

O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta sexta-feira (4/5) a prisão de Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, por supostas fraudes na Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).

A decisão foi motivada pelo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para execução imediata da condenação após o fim dos recursos na segunda instância.

De acordo com a denúncia, Cachoeira, que cumpre prisão domiciliar devido a outras acusações, teria pago propina com o objetivo de se beneficiar em licitações da Loterj.

A condenação está relacionada com o caso que foi investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, em 2004, que apurou o uso de casas de bingo para lavagem de dinheiro. Na época, o então assessor da Casa Civil da Presidência da República, Waldomiro Diniz, foi exonerado do cargo após divulgação de uma fita de vídeo em que aparecia pedindo propina a Cachoeira.

Na mesma decisão, o ministro negou pedido da PGR para executar a pena de Waldomiro, também condenado por corrupção e fraude em licitação, mas a 12 anos de prisão.

Diniz foi também acusado de favorecer Cachoeira quando era diretor da Loterj, em 2001 e 2002, e de ter influenciado a renovação de contrato da empresa de tecnologia Gtech com a Caixa Econômica Federal em 2003, quando já trabalhava na Casa Civil.

(Com informações da Agência Brasil)