Ministério Público vai investigar suposta falta de identificação em banheiros da UFG
08 junho 2016 às 13h45

COMPARTILHAR
Órgão recebeu denúncias de alunos e professores que afirmam que a universidade retirou placas que indicam se banheiro é feminino ou masculino

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) pediu à Universidade Federal de Goiás (UFG) que forneça informações sobre a sinalização de banheiros masculinos e femininos nos campus da instituição. Segundo o procurador Ailton Benedito, o órgão recebeu denúncias de professores e estudantes da UFG afirmando que os banheiros das faculdades estariam sem placas indicando se seria de uso feminino ou masculino.
[relacionadas artigos=”63075″]
No despacho do MPF, o procurador solicita que a UFG preserve imagens das câmaras de segurança e se posicione, em no máximo dez dias, “Acerca da postura da Universidade, no sentido de fomentar ou coibir essa situação, e os fundamentos que embasam seu posicionamento”. Segundo as denúncias, os banheiros estariam identificados apenas como “social ou unissex”.
De acordo com o Ministério Público Federal, a ação da UFG teria sido tomada “supostamente” em “prol da igualdade de gênero”, mas o procurador entende que “a falta de identificação citada pode acarretar constrangimentos ilícitos a homens e mulheres que frequentam os câmpus da UFG e precisam utilizar seus banheiros”.
Ailton é o mesmo procurador que, junto de Cláudio Drewes, emitiu, em abril, uma recomendação para que a UFG não promovesse nenhum ato “de natureza político-partidária” envolvendo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A atitude causou polêmica e forte reação contrária de professores da instituição, que acusaram o órgão de tentar censurar e ferir a autonomia da universidade.
O Jornal Opção ainda não conseguiu resposta da UFG sobre a solicitação do MPF.
*Atualização: A Universidade Federal de Goiás informou que ainda não foi oficialmente notificada e que só irá se posicionar quando receber o despacho