COMPARTILHAR

Pandemia

Há 162 casos suspeitos em investigação no Estado e todos já tiveram amostras coletadas para a realização de exames

No boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, na tarde desta terça-feira, 17, a pasta confirmou 290 casos confirmados da doença em todo território nacional. No entanto, os dados das secretarias dos estados somam 314 diagnósticos positivo para Covid-19. Em Goiás, até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) informou 9 casos confirmados. Também divulgou que a primeira paciente confirmada receberá alta no próximo domingo, 22, curada. São 5 casos em Goiânia, 2 casos em Rio Verde e 2 em Anápolis.

Em Goias há 162 casos suspeitos em investigação. Todos já tiveram amostras coletadas para a realização de exames. Outros 53 foram descartados, com resultados dos testes negativos para o vírus. Não há confirmação de óbitos em Goiás, segundo nota divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado.

No Boletim do MS, o ministro Luiz Henrique Mandetta comemorou: “Quase 300 casos e tivemos hoje o primeiro óbito. Achei que fôssemos ter antes”, disse. “Não temos condição de dizer letalidade, mas é interessante essa primeira impressão de 300 casos para primeiro óbito. O Brasil é um país jovem”, disse o chefe da pasta. “A média de idade dos casos é 42 anos.Temos um perfil de jovens diagnosticado.16% dos casos confirmados são acima de 60 anos. A hospitalização [atualmente] é 10%, ou seja, 28 pacientes. A média de dias de internação é de 14 a 21”, informou.

A previsão do ministro é que os casos suspeitos, confirmações e mortes aumentem exponencialmente nos próximos dias. Com isso, aumentará também a necessidade de hospitalização. “15% vão necessitar de internação, o que é um número grande para cidades de todo mundo. Neste momento teremos uma sobrecarga. 4 a 5% deles vão necessitar de leitos de CTI. Estamos imaginando que vamos trabalhar com números ascendentes espirais em maio, abril e junho. Serão 90 dias de muito estresse”, afirmou. “Em agosto e setembro atingiremos a imunidade de mais de 70% das pessoas.”

“Os óbitos se iniciam hoje e deve aumentar nos próximos dias. Em 12% não conseguimos identificar vínculos dos casos confirmados. No DF temos 6 casos que não foram determinados o nexo epidemiológico e um no Sergipe. Estão em investigação e aguardamos a definição dos estados para fazermos upload no nosso sistema. Nos próximos dias teremos mais identificação de pacientes sem vinculo epidemiológico”, informou o ministério.

Prisão para quem descumprir quarentena

Mandetta ainda divulgou hoje a portaria interministerial, que autoriza a prisão de pessoas suspeitas de infecção pelo SARS-CoV-2 que descumprirem com a quarentena obrigatória. O artigo 3 da Lei 13.979, que diz: “A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local” implica os artigos 268 e 330, do decreto-lei 2.848.

De acordo com o decreto, “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Pena – detenção, de um mês a um ano, e multa” e “Desobedecer a ordem legal de funcionário público. Pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e multa”, segundo os artigos, respectivamente.

Novas determinações

Nota Técnica do governo de Goiás estabelece novas regras para estabelecimentos comerciais. Bares, restaurantes, lojas deverão se manter fechado por 15 dias. O decreto deve ser publicado ainda nesta terça-feira, 17. Há ainda a recomendação para que shoppings, centros comerciais e espaços de eventos tenham as atividades interrompidas. O fechamento deve passar a valer na quinta-feira (19).

Justiça proíbe eventos

Shows e eventos artísticos em todo o Estado de Goiás estão proibidos por 30 dias. A decisão é da juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual em Goiânia e atende pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) em ação civil pública.

A decisão tem efeitos erga omnes, ou seja, vale para todos os eventos privados ou públicos, a partir da data de hoje. O argumento dos procuradores do Estado é a pandemia de coronavírus, que teve os primeiros casos confirmados em Goiás, e a necessidade de dar efetividade às medidas de contenção e prevenção de disseminação da doença adotadas pelo Governo de Goiás.