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Levantamento amplo

Pesquisa estava engavetada desde o ano passado por não ter seguido normas do edital

Após acordo com o Ministério da Justiça, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conseguiu aval para divulgar o III Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira. Engavetada desde 2018, o Globo informou que esta é uma das pesquisas mais amplas acerca do uso de substâncias ilícitas no Brasil.

A pesquisa foi engavetada à época, conforme justificativa, porque os pesquisadores não teriam seguido as normas do edital que a financiou. Este custou R$ 7 milhões.

Mediado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o acordo foi garantido e a pesquisa publicada online. O objetivo, conforme nota da AGU, é “promover a transparência e acesso aos dados científicos da pesquisa”.

Dados

16 mil brasileiros foram ouvidos no estudo em todas as capitais brasileiras. A análise apontou que no País, a prevalência de usuários de maconha, na faixa etária dos 12 aos 65 anos, é de 3,1% da população.

Em relação a outras substâncias, a prevalência é de 1,9% nas capitais – o crack chega a 1,1% da população.

“Em números absolutos, estimou-se que nas capitais brasileiras havia, em 2015, mais de 1 milhão e 90 mil usuários regulares de maconha, cerca de 670 mil usuários regulares de substâncias ilícitas (exceto maconha) e aproximadamente 380 mil usuários regulares de crack e/ou similares”, informou o estudo.