Milton Mercêz diz que foi enganado por Iris e não retira nome para presidência
30 dezembro 2016 às 14h42

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Andrey Azeredo recebeu benção do decano e também do grupo de novatos, chamado agora G-19. Mesmo com minoria, vereador do PRP se mantém na disputa até o momento

Às vésperas das eleições para a presidência da Câmara de Goiânia, o nome de Andrey Azeredo parece enfim representar consenso dentro do PMDB. Já com aval de Iris e do grupo de vereadores novatos, conhecido agora como G-19, juntamente com o vereador Wellington Peixoto, o peemedebista chega na reta final com preferência que já garantiria sua vitória.
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Da nova articulação sai prejudicado o vereador do PRP Milton Mercêz, nome que vinha ganhando força nos bastidores, sobretudo por representar o partido do marqueteiro Jorcelino Braga, que indicou a vice na chapa do prefeito eleito.
Em entrevista ao Jornal Opção nesta sexta-feira (30/12), Milton diz que se sentiu rejeitado e enganado por Iris Rezende, que havia até então sinalizado a favor de seu nome. “Apesar de ter ajudado Iris no primeiro e segundo turnos, houve uma rejeição a meu nome. Para mim, Iris falou uma coisa e falou outra coisa para os outros”, declarou.
O discurso de Milton é bastante semelhante ao de seu colega de partido deputado estadual Major Araújo (PRP), que desistiu da vice de Iris após se dizer censurado e rejeitado pela equipe do decano peemedebista. A possibilidade de Milton assumir a presidência animava os quadros do PRP, já que assim a legenda voltar a “ter” o vice-prefeito — pelo menos por dois anos.
Consta que as negociações estavam sendo mediadas por Braga, que passa a contabilizar duas “derrotas” dentro do próprio grupo aliado.
Articulações continuam
Apesar da situação favorável ao nome de Andrey, Milton ressalta que a votação para presidência da Câmara é sempre cheia de surpresas e tende a se definir no momento da votação. “Estou tentando ao máximo. Se todos eles fecharam o apoio mesmo, já ganharam eleição, o que quer dizer que eu já era, mas sabemos que a realidade é bem outra”, afirma.
À reportagem, o vereador reeleito diz que deve se reunir ainda nesta sexta-feira com cerca de 15 vereadores que tendem a apoiá-lo. Ainda sobre a relação com o PMDB e a preferência pelo nome de Andrey, ele diz não estar surpreso. “Não me magoa. Estou no oitavo mandato e sei como tudo funciona. Sou um homem independente. Meu partido não me traiu.”