Militares que atiraram mais de 200 vezes contra carro se tornam réus por morte de vítimas
11 maio 2019 às 18h50

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Eles responderão por tentativa de homicídio, duplo homicídio qualificado e omissão de socorro

Neste sábado, a juíza Mariana Queiroz Aquino Campos acolheu denúncia do Ministério Público Militar e os 12 militares que dispararam mais de 200 vezes contra o carro da família do músico Evaldo Rosa irão responder pelas mortes das vítimas. Foram assassinados o músico e o catador de latas Luciano Macedo.
Os oficiais responderão por tentativa de homicídio, duplo homicídio qualificado e omissão de socorro. A Justiça Militar marcou a audiência em que os réus e testemunhas serão ouvidos para o dia 21 de maio.
A tentativa de homicídio se refere a Sérgio Gonçalves de Araújo, sogro de Evaldo, que foi atingido pelas balas, mas não morreu. “A conduta dos denunciados desrespeitou o padrão legal de uso da força e violou regras de engajamento previstas para operações análogas”, escreveu o MPM na ação.
E destacou: “Em especial o emprego da força de forma progressiva e proporcional e a utilização do armamento, sem tomar todas as precauções razoáveis para não ferir terceiros”.