“Meu Amigo Lorenzo” estreia em Goiânia com circuito inclusivo e debate sobre autismo

01 outubro 2025 às 14h00

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O documentário “Meu Amigo Lorenzo”, do cineasta e músico André Luiz Oliveira, estreia em Goiânia nesta quinta-feira, 2, no Cine Cultura, onde ficará em cartaz até o dia 7. A produção já passou por Recife (PE) e João Pessoa (PB) e, após a capital goiana, seguirá para outras cidades como Palmas (TO), Cuiabá (MT), Maceió (AL), Aracaju (SE) e Fortaleza (CE).
O longa acompanha 15 anos da vida de Lorenzo Barreto, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) desde a infância, e mostra como a música e o acolhimento impactaram seu desenvolvimento. O projeto é patrocinado pela Petrobras, com apoio da Lei do Audiovisual/Ancine e do Governo Federal.
O filme já foi premiado como Melhor Longa pelo público no Festival Primavera do Cine, em Vigo (Espanha).
No dia 7 de outubro (terça-feira), às 19h15, haverá uma sessão especial do Circuito Inclusivo Petrobras, seguida de debate com André Luiz Oliveira, a musicoterapeuta Clarisse Prestes e especialistas convidados. A proposta é estimular o diálogo sobre inclusão e criar redes de apoio para famílias e profissionais ligados ao TEA.
Programação no Cine Cultura
- 2/10 – 15h45
- 3/10 – 19h
- 5/10 – 14h
- 7/10 – 19h15 (sessão especial do Circuito Inclusivo Petrobras)
As filmagens começaram em 2007, quando Clarisse convidou André Luiz para registrar sessões de musicoterapia com Lorenzo, então com quatro anos. O acompanhamento contínuo resultou em um retrato sensível da vida e do talento musical do jovem. “Quando nos conhecemos, Lorenzo tinha 4 anos e não parei de filmá-lo até os 19. A música que flui através dele vem de uma região muito profunda do seu ser e é como o ar que respira”, afirma o diretor.
Clarisse, que também assina a pesquisa e consultoria do filme, ressalta que o trabalho se baseia em respeito e acolhimento. “Nunca impusemos teorias externas. Sempre acreditamos no amor incondicional e no ‘estar junto’. Além de um diagnóstico, existe ali um sujeito com individualidade e preferências.”
Segundo o CDC (EUA), publicado em 2023, uma em cada 36 crianças de oito anos é diagnosticada com TEA. Aplicado ao Brasil, isso corresponderia a cerca de 5,64 milhões de pessoas.
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