O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos e impedido de registrar presença, conseguiu votar, nesta quinta-feira, 27, em uma sessão conjunta do Congresso Nacional. Ele está impedido de registrar votos desde agosto, quando reassumiu o mandato após se afastar por uma licença. Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), disse que os votos registrados por ele foram anulados.

A Câmara dos Deputados bloquou o acesso dele ao sistema interno, chamado de “Infoleg”, por entender que o exerício da atividade parlamentar não pode ser feita do exterior. Eduardo chegou a solicitar que seus votos fossem registrados e pediu à área técnica da Câmara que o sistema fosse reabilitado, mas nenhuma das demandas foi atendida.

Eduardo registrou votos na sessão que derrubou vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o novo licenciamento ambiental e no projeto de lei que cria regras mais flexíveis para o pagamento de dívidas bilionária dos estados com o Governo Federal, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

A votação de Eduardo ocorreu por um sistema próprio do Congresso, chamado de “e-Cédula”. Por ele, deputados e senadores podem votar ao mesmo tempo e em uma série de vetos de uma só vez. Nesta quinta, 27, como de costume, todos os deputados do PL recebem um gabarito da meneira cuja qual eles deveriam votar durante a etapa da cédula. Cada um, com um login e senha, entrou no “e-Cédula” e enviou os seus votos, confome o acordo. Técnicos das duas Casas afirmaram que, quando há registro de voto por cédula, a presença também é confirmada. No caso de Eduardo, os sistemas da Câmara e do Senado não registraram presença.

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