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Enquanto servidores não conseguem atendimento, Imas garante que apenas médicos estão com pagamento atrasado. Presidente de sindicato desmente informação

Em meio ao caos instalado no Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas) e denúncias de servidores que não conseguem atendimento, o Sindicato dos Odontologistas de Goiás (Soego) denuncia que grande parte dos profissionais está até oito meses sem receber.

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Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente do Sindicato dos Odontologistas de Goiás (Soego), José Augusto Milhomem, relatou que os odontólogos credenciados não recebem desde o mês de junho, apesar da gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) garantir que há dinheiro em caixa.

À reportagem, o presidente do Imas, Sebastião Peixoto, afirmou que o órgão possui hoje R$ 18 milhões separados para quitar a folha. O pagamento, segundo ele, só deve sair a partir do dia 20, conforme parecer emitido pela Procuradoria Geral do Município.

Curiosamente, entretanto, o dirigente garante que apenas os médicos credenciados estão com o pagamento atrasado. Ou seja, todas as categorias restantes estariam com os vencimentos quitados no instituto. Não é o que relata o presidente do Soego.

No caso dos dentistas, o prazo contratual para pagamento dos credenciados é de até 90 dias após a apresentação da fatura no órgão, o que não vem sendo respeitado há tempo. Segundo Milhomem, dos 188 profissionais com cadastro no Imas, apenas 17 receberam o mês de agosto.

“Os argumentos apresentados são uma falácia. Já éramos para ter recebido o mês de outubro e nada. Eles dizem que têm dinheiro e sempre fazem promessas que nunca são cumpridas. Falta gestão”, criticou o presidente.

Diante do cenário caótico e da falta de pagamento, o dirigente sindical explica que muitos profissionais têm restringido a atuação, o que, é claro, tem afetado o atendimento.

Os Conselhos de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Conas), órgãos de deliberação e fiscalização dos atos do instituto, pediu à categoria um novo prazo para que a situação seja regularizada. “Falaram que até o dia 5 de abril todos os problemas estarão resolvidos. Mas estamos cansados de promessas”, reforçou.