Menor município de Goiás tenta bater recorde mundial de caipirinha
João Reynol
08 novembro 2025 às 17h38
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O menor município do estado de Goiás tentará bater um recorde mundial da maior quantidade de caipirinha já feita na história neste domingo, 9, durante o Festival Gastronômico do Limão Taiti, realizado na cidade de Anhanguera, na região Sudoeste do Estado. O projeto busca superar os registros anteriores e entrar para o Livro dos Recordes (Guinness World Records), que reúne os principais feitos da história moderna.
A iniciativa integra o projeto de identidade e iconografia desenvolvido pela Prefeitura de Anhanguera nos últimos quatro anos, com o objetivo de transformar a cidade em um polo da fruticultura. Atualmente, o município é reconhecido oficialmente como a Capital Estadual do Limão-Taiti, conforme a Lei nº 22.440, de 2023, que foi proposta pelo deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB) e sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB).
Segundo o prefeito Marcelo Martins, o festival celebra a fruticultura local, apoiada por pequenos e grandes produtores que receberam mais de 7 mil mudas de limão-taiti doadas pela gestão municipal à comunidade. “Tem muda plantada nos quintais das casas, nos canteiros centrais da cidade, nas praças e nas propriedades rurais”, afirmou o prefeito ao Jornal Opção.
A cidade, que também é o 3º menor município do Brasil, contará ainda com um concurso gastronômico e de artesanato voltado ao uso do limão como principal ingrediente e tema central. Os vencedores do primeiro, segundo e terceiro lugar receberão premiação em dinheiro e troféus personalizados para o evento.
A tentativa de bater o recorde mundial ocorrerá junto com o preparo de uma feijoada comunitária, que será distribuída gratuitamente à população e aos visitantes. Ao todo, devem ser produzidos mais de 1,5 mil litros da caipirinha, sendo utilizado mais de 100 litros da Cachaça 51 e mais de 300 quilos do limão Taiti. Tudo isso é misturado em betoneiras.
O prefeito destacou que o evento é seguro, bem organizado e acompanhado em tempo real. “Nós fazemos total segurança do evento. Tem crianças brincando no meio da festa, sem nenhum problema. Tudo muito bem controlado, com internet à disposição da comunidade.”
A prefeitura estima um público de cerca de 7 mil pessoas, número quase sete vezes maior que a população local, de aproximadamente 900 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O festival representa um investimento de R$ 600 mil, com apoio da Goiás Turismo e aporte financeiro do município.
Entre as parcerias confirmadas estão a Cachaça 51 — fornecedora oficial da bebida, em meio à recente crise envolvendo o metanol —, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar-GO), que oferecerá palestras e atendimentos gratuitos a produtores, e o Sebrae, que apoia o evento por meio de exposições e suporte técnico.
O limão-taiti
Segundo o engenheiro-agrônomo e produtor rural Vitor Paiva, do Senar-GO, o cultivo do limão-taiti é semelhante ao de outras frutíferas, exigindo manejo e controle de pragas adequados. “O limão-taiti tem as exigências dele. Mas se fizer o controle de pragas e o manejo correto, você consegue produzir tranquilamente.”
De acordo com Paiva, mais de 200 produtores do município são atendidos pelo sistema — desde pequenos agricultores, que cultivam em quintais, até grandes produtores com 400 a 500 mudas. O serviço de assistência técnica gratuita do limão-taiti começou em 2021 e segue em funcionamento até hoje.