O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PSD), afirmou que sua permanência no partido dependerá exclusivamente da posição que a sigla adotará nas eleições de 2026. Em entrevista ao Jornal Opção, ele disse que ficará no PSD apenas se a legenda caminhar oficialmente com a candidatura de Daniel Vilela (MDB) ao governo.

Mendanha, que está há quatro anos sem mandato, admitiu que o ambiente interno do PSD tem gerado insegurança entre aliados do governador Ronaldo Caiado (UB). Segundo ele, as conversas feitas à época de sua filiação não têm sido cumpridas com a mesma coerência.

“Eu fui para o partido com uma condição. Aquilo que foi conversado comigo não tem tido o mesmo alinhamento. Mas política é uma nuvem, muda a todo instante. Vou esperar o início do próximo ano para entender que medidas o partido vai tomar. A única coisa que me tira do PSD nesse momento é se o partido decidir apoiar uma candidatura que não seja a do Daniel”, afirmou.

O ex-prefeito repetiu que está pronto para ser candidato ao Senado, mas condiciona o movimento à definição do PL, principal ator pendente na aliança para 2026.

“Eu tenho colocado uma condição: até dezembro ou janeiro, se o PL vier, estou pronto para abrir mão da candidatura, pensando no estado de Goiás. Se isso não acontecer, tenho que começar a trabalhar entendendo que o PL pode não vir”, disse.

Ele reforçou que não mantém negociações para migrar para o PL, embora tenha conversado com integrantes da sigla. “Não tenho negociado com o PL. Conversei com alguns membros apenas para mostrar minha disposição de ajudar a selar essa união entre o PL e o Daniel”, afirmou.

Questionado se será articulador da campanha de Daniel Vilela, Mendanha disse que isso também dependerá das decisões partidárias. “Tudo depende das definições até o início do próximo ano. Estou pronto para disputar o Senado ou ajudar diretamente, se houver união.”

Mesmo liderando cenários de intenção de voto ao Senado nas pesquisas internas, Mendanha diz não se mover por interesse pessoal. “Eu não tenho apego a mandato. Meu foco é ajudar o Daniel, a dona Gracinha e o governador. Se for possível construir a aliança, ótimo. Se não, estou pronto para disputar o mandato como candidato a senador”, disse.

O PSD deve definir sua posição eleitoral até abril, prazo final para desfiliação sem risco de perda de direitos partidários. Até lá, Mendanha afirma que adota uma postura de espera: “É momento de calma. Política muda muito”, completou.